Queda das Ações do Setor Bancário Francês
As ações do setor bancário francês enfrentaram uma queda significativa na segunda-feira, 20 de outubro de 2025. Os investidores reagiram a um rebaixamento inesperado na classificação de crédito soberano, promovido pela S&P Global, além de uma perda jurídica considerável para o BNP Paribas.
Impacto do Rebaixamento e da Derrota Jurídica
Após um júri conceder a três autores aproximadamente US$ 20 milhões em uma ação coletiva, que acusa o BNP Paribas, o maior banco da Europa em termos de ativos, de ter contribuído para o financiamento de genocídio no Sudão, a pressão no mercado financeiro aumentou. A reportagem da Bloomberg indica que esse veredito pode levar o banco a buscar um acordo com outros reclamantes envolvidos no processo em andamento.
Às 06h49, no horário de Brasília, as ações do BNP Paribas apresentavam uma queda superior a 10%. Por sua vez, o Crédit Agricole e o Société Générale registraram quedas de 3,5% e 2,5%, respectivamente.

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🌎 Abrir minha conta NomadRebaixamento da Classificação de Crédito da França
Na sexta-feira precedente, a S&P Global fez um rebaixamento não programado na nota de crédito da França, passando de "AA-/A-1+" para "A+/A-1". Esse rebaixamento foi justificado pela profunda incerteza política no país. Essa situação se seguiu a uma semana de volatilidade, na qual o primeiro-ministro Sébastien Lecornu decidiu suspender um polêmico plano de reforma da previdência. Além disso, ele sobreviveu a duas votações de desconfiança no parlamento.
A S&P Global destacou que, apesar da apresentação do projeto de orçamento de 2026 ao parlamento, a incerteza quanto às finanças do governo francês continua elevada.
Comentários da S&P Global
Em seu comunicado, a S&P Global afirmou: “Embora, em nossa opinião, a meta de déficit orçamentário do governo geral de 5,4% do PIB para 2025 seja atingida, acreditamos que, sem medidas adicionais significativas para a redução do déficit orçamentário, a consolidação fiscal ao longo de nosso horizonte de previsão será mais lenta do que o previamente esperado”.
A agência também advertiu que a turbulência nas contas públicas deverá impactar tanto a atividade de investimento quanto o consumo privado. Ela observou que a aprovação do orçamento para 2026 poderá ajudar a esclarecer as intenções da França em relação ao crescente endividamento, que está projetado para alcançar 121% do PIB até 2028. Este valor é um aumento em comparação aos 112% registrados no final do ano anterior.
Análise de Risco Político e Fiscal
Analistas do Jefferies Group LLC comentaram que a recente sobrevivência do governo Lecornu elimina, temporariamente, o risco de instabilidade política a curto prazo, mas não resolve as preocupações fiscais que persistem. O grupo também destacou um “alto risco” de um rebaixamento similar por parte da Moody’s Investors Service, caso isso ocorra, poderia levar investidores institucionais a diminuir a exposição a ativos franceses.
Em um momento de incerteza e desafios para o setor bancário e a economia francesa, o cenário atual levanta questões sobre a sustentabilidade das finanças públicas e a confiança dos investidores nos mercados locais.
Fonte: br.-.com
