Novas Tarifas Anunciadas por Donald Trump
As novas tarifas anunciadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que entrarão em vigor no dia 1º de outubro, não devem ter efeitos significativos sobre a economia brasileira. Essa análise é de Gilvan Bueno, colunista do CNN Money, que fez essa ressalva durante a programação Bastidores CNN.
Segundo Bueno, os principais países que devem sofrer os impactos dessas tarifas são outros parceiros comerciais dos Estados Unidos, como Suíça, Irlanda e México. A análise indica que esses países têm relações comerciais mais diretas e significativas com os EUA, podendo, portanto, ter suas economias mais afetadas.
Setores Impactados
Entre os setores que enfrentarão dificuldades devido às novas tarifas, o colunista destaca o setor farmacêutico, que afetará especialmente os países da Suíça e Irlanda. Isto porque a Irlanda, nos meses iniciais de 2025, registrou um expressivo aumento de mais de 536% em suas exportações, alcançando um total superior a US$ 27 bilhões.
A Realidade do México
Boa parte do impacto será sentida pelo México, que está em destaque no setor de caminhões pesados. O país detém 78% da cadeia produtiva destinada ao mercado norte-americano, tornando-se vulnerável a essas novas tarifas. Além do México, outros países como Austrália e Alemanha também devem experimentar consequências adversas, principalmente em projetos específicos que possam ser afetados pelas tarifas impostas.
Situação do Brasil
No que se refere ao Brasil, Bueno adverte que apenas o estado do Rio Grande do Sul apresenta uma exposição limitada às novas tarifas. A preocupação se concentra no setor de exportação de móveis e madeira especializada para cercas. Embora este segmento tenha uma certa relevância para o estado, o colunista considera que o impacto global da medida para o Brasil é mínimo.
Bueno também analisa o contexto das tarifas anteriores, enfatizando que a primeira onda de tarifas já havia afetado significativamente o Brasil, especialmente no setor de minério. Entretanto, o colunista destaca que o Brasil conseguiu obter algumas isenções importantes, incluindo uma recente vitória no setor de celulose, o que ajuda a minimizar os efeitos das tarifas sobre a economia nacional.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br