Bom dia, leitores – Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA, decisão do BCE sobre a taxa de juros e vendas no varejo no Brasil.

Bom dia, leitores – Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA, decisão do BCE sobre a taxa de juros e vendas no varejo no Brasil.

by Ricardo Almeida
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Bom Dia – – 11 de Setembro de 2025

Este é o Bom Dia -, 11 de setembro de 2025, com todas as informações necessárias antes da abertura da Bolsa!

Bolsas Mundiais

Mercados Futuros

Os futuros americanos estão em alta, refletindo a cautela dos investidores antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto. Esse índice pode ser um fator decisivo para a possibilidade de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima semana. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) deve manter a taxa de juros da zona do euro em 2%, com foco na coletiva de imprensa de Christine Lagarde que ocorrerá após a decisão.

Desempenho nos Estados Unidos

No mercado americano, os índices futuros apresentam leve alta. Ontem, as bolsas de Nova York mostraram um desempenho misto, mas tanto o Nasdaq quanto o S&P 500 fecharam a sessão em patamares recordes. A reação é atribuída a dados do índice de preços ao produtor (PPI) que saíram bem abaixo do esperado, além de um aumento de 35,95% nas ações da Oracle, após a empresa divulgar um balanço trimestral que destacou contratações na área de inteligência artificial.

Impacto do CPI

A expectativa gira em torno da divulgação do CPI de agosto, um indicador crucial para determinar as expectativas sobre cortes futuros da taxa de juros pelo Federal Reserve. A queda nos preços ao produtor divulgada anteriormente reforça a perspectiva de uma política monetária mais acomodativa, o que sustenta o desempenho recorde das bolsas de Nova York, mesmo diante de tensões geopolíticas persistentes.

Resultados de Empresas

Hoje, a Kroger e a Adobe devem divulgar seus resultados trimestrais.

Desempenho na Europa

Na Europa, as bolsas estão em alta enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do BCE. A expectativa é de que o banco mantenha inalterada a sua taxa de depósito, atualmente em 2%. Contudo, a atenção do mercado se volta para as novas projeções macroeconômicas do BCE, tanto para a zona do euro quanto para a economia global.

Petróleo e Mercados Asiáticos

Os Preços do Petróleo

Os preços do petróleo estão em baixa, influenciados pela fraca demanda nos Estados Unidos e por riscos generalizados de excesso de oferta, que superam as preocupações com os ataques no Oriente Médio e a guerra na Ucrânia.

Mercados na Ásia

Os mercados asiáticos encerraram em sua maioria em alta, impulsionados por ações de tecnologia, beneficiadas pelo renovado interesse por inteligência artificial. O índice Nikkei subiu 1,22% em Tóquio, alcançando 44.372,50 pontos, e atingiu um máximo histórico intraday de 44.396,95 pontos. O SoftBank Group, um conglomerado japonês de investimentos em tecnologia, teve um aumento expressivo de 9,98%, após a Oracle, um de seus principais parceiros, anunciar a conquista de vários contratos multibilionários relacionados à IA.

Ações de Tecnologia Chinesas

O otimismo em torno da IA também beneficiou ações de empresas chinesas do setor tecnológico. A Cambricon Technologies, desenvolvedora de chips de IA, viu suas ações subirem 9% em Xangai. A SMIC, fabricante de chips por contrato, avançou 6,1%.

Índices Chineses

Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 1,65%, alcançando 3.875,31 pontos, enquanto o Shenzhen Composto apresentou um ganho de 2,54%, totalizando 2.468,66 pontos. O sul-coreano Kospi registrou uma alta de 0,90% em Seul, atingindo 3.344,20 pontos, marcando um novo recorde pelo segundo dia consecutivo. O Taiex de Taiwan também avançou 0,09%, chegando a 25.215,71 pontos. Em contraste, o índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,43%, totalizando 26.086,32 pontos.

Mercados na Oceania

Na Oceania, a bolsa australiana não seguiu a tendência positiva do mercado asiático e fechou em baixa de 0,29%, com o índice S&P/ASX 200 em Sydney terminando a 8.805,00 pontos.

Dados Gerais sobre Commodities e Mercados

Petróleo

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 63,36, apresentando uma queda de 0,49%. O Brent é cotado a US$ 67,23, com uma diminuição de 0,39%.

Bitcoin

O Bitcoin está sendo negociado a US$ 114.150,00, apresentando um leve aumento de 0,65%.

Ouro

O preço do ouro está fixado em US$ 3.620,97 a onça-troy, com uma queda de 0,66%.

Minério de Ferro

O minério de ferro na bolsa de Dalian está em baixa de 0,81%, sendo cotado a 795,50 iuanes (equivalente a aproximadamente US$ 111,71).

Informações Econômicas do Brasil

Falências e Recuperação Judicial

De acordo com o Monitor RGF, 29% das empresas que deixaram processos de recuperação judicial no segundo semestre de 2025 acabaram falindo. Durante o mesmo período, foi observado que o número de empresas em recuperação judicial no Brasil voltou a aumentar, alcançando 4.965 companhias com processos ativos. Este número representa o maior volume desde o início da série histórica em 2023, conforme relatado pelo Monitor RGF.

Comparando com o trimestre anterior, houve um crescimento de 1,7% em relação a 4.881 processos ativos. Apesar do aumento no número total, registrou-se uma desaceleração no ritmo de crescimento, pois no primeiro trimestre de 2025, o avanço foi de 6,9%. O Índice RGF de Recuperação Judicial (IRJ-RGF), que mede a proporção de empresas em recuperação em cada mil empresas em atividade, teve leve queda, passando de 1,98 para 1,97, consequência do aumento na base de empresas ativas no país, que cresceu em cerca de 61 mil no último trimestre, segundo a RGF.

Análise de Especialistas

Rodrigo Gallegos, sócio da RGF e especialista em reestruturação, afirmou que o cenário se tornou ‘mais duro’. Ele destacou que o crédito está restrito, as taxas de juros permanecem altas e a instabilidade global se intensificou. Para ele, empresas que se concentram em caixa, renegociam com discernimento e ajustam suas operações rapidamente têm mais chances de superar esse tipo de ciclo desafiador.

Dados do Banco Master

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou na quarta-feira (10) a nota de crédito do Banco Master de B+ para B-, o que representa um corte de dois níveis, movendo o banco do 14º para o 16º grau em uma escala de 21 posições. Essa alteração aumentou a pressão sobre os papéis da instituição no mercado secundário, com os certificados de depósito bancário (CDBs) passando a ser negociados com taxas muito acima da média, refletindo a deterioração na percepção de risco.

Em relatório, a Fitch indicou que o rebaixamento era esperado desde abril, quando a agência alertou que a não aprovação da transação com o Banco de Brasília (BRB) poderia impactar negativamente a liquidez do Banco Master e encarecer seu acesso a captações. No contexto atual, a nota negativa reflete a incerteza em relação à estabilidade da instituição, aos custos de captação e às condições de rolagem mais restritivas.

Renda Fixa e Expectativas de Mercado

Todos os índices de renda fixa encerraram agosto com altas, conforme relatado pela Anbima. Entre os títulos prefixados, os de longo prazo tiveram o melhor desempenho, com o índice IRF-M 1+ subindo 1,90% e os de até 12 meses, representados pelo IRF-M, avançando 1,24%. Essas movimentações refletem as expectativas do mercado para uma queda nas taxas de juros até o final do ano, segundo Marcelo Cidade, economista da entidade.

No segmento de papéis atrelados à inflação, os títulos de até cinco anos tiveram um ganho de 1,18% (IMA-B 5), enquanto os de longo prazo, com mais de 60 meses, subiram 0,54% (IMA-B 5+). Títulos pós-fixados, como as LFTs, e indexados à Selic também fecharam em alta, acumulando aumento de 1,17% (IMA-S).

De forma consolidada, o índice IMA, que reúne todos os papéis da dívida pública, registrou uma valorização de 1,19% ao longo de agosto. O mercado de crédito privado também apresentou desempenho positivo, com todas as carteiras mostrando resultados favoráveis.

Destaque para Debêntures

As debêntures incentivadas têm demonstrado um desempenho interessante, subindo 1,81% (IDA-IPCA Infraestrutura), enquanto aquelas sem incentivo fiscal avançaram 1,70% (IDA-IPCA Ex-Infraestrutura). A decisão recente do relator da Medida Provisória 1303 de retirar a proposta de tributação das debêntures incentivadas foi interpretada como uma vitória para o setor de infraestrutura e para os investidores. Essa medida é considerada fundamental, pois assegura mecanismos essenciais de financiamento em um setor que historicamente enfrenta escassez de investimentos.

As debêntures incentivadas são instrumentos emitidos por empresas com o intuito de captar recursos destinados exclusivamente a projetos de infraestrutura, abrangendo áreas como rodovias, portos, aeroportos, saneamento, energia e mobilidade urbana. A principal atratividade desses títulos para investidores de pessoas físicas reside na isenção de imposto de renda, o que aumenta sua rentabilidade e as torna mais competitivas em relação a outros veículos de investimento.

Petróleo e Expectativas Globais

A Agência Internacional de Energia (AIE) projetou que os mercados globais de petróleo devem sofrer um superávit ainda maior do que o inicialmente previsto para este ano. A expectativa é que a oferta continue a crescer em um ritmo mais acelerado do que a demanda. No relatório mensal divulgado em 11 de setembro, a AIE estima que a oferta global de petróleo se expandirá em 2,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2025 e em 2,1 milhões de bpd no ano seguinte. As previsões anteriores indicavam altas de 2,5 milhões de bpd para este ano e de 1,9 milhão de bpd em 2026.

Agenda Econômica

As principais atividades agendadas para hoje incluem:

  • Áustria: Relatório mensal da OPEP.
  • 05h00 – França: Divulgação do relatório mensal da AIE sobre petróleo.
  • 09h15 – Zona do Euro: Anúncio da decisão de política monetária do BCE.
  • 09h00 – IBGE: Vendas no varejo restrito e ampliado de julho.
  • 09h30 – EUA: Departamento do Trabalho divulga pedidos de auxílio-desemprego da semana até 6/9 e índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto.

Ibovespa e Dólar

Desempenho do Ibovespa

Referência do mercado brasileiro, o principal índice, Ibovespa, fechou em alta de 0,52%, somando 142.348 pontos, com um volume financeiro em linha com a média habitual.

Maiores Altas do Ibovespa

AçãoVariaçãoCotação
CEAB3+4.80%R$ 17,47
MRFG3+4.17%R$ 24,74
MGLU3+3.70%R$ 9,25
BBAS3+3.04%R$ 22,05
BRFS3+2.79%R$ 20,23

Maiores Baixas do Ibovespa

AçãoVariaçãoCotação
MRVE3-4.83%R$ 7,68
BRKM5-3.69%R$ 8,86
SUZB3-2.14%R$ 50,80
KLBN11-1.81%R$ 18,47
EMBR3-1.60%R$ 80,19

Câmbio

O dólar fechou em baixa de 0,53%, cotado a R$ 5,4071.

Índice de Fundos Imobiliários (IFIX)

O índice IFIX encerrou em alta de 0,25%, alcançando 3.514,74 pontos.

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Fonte: CNBC, Valor Investe, G1, BDM, InfoMoney. Atualização: 7h30 (horário de Brasília)
As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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