Chineses da 99 aumentam investimentos em entrega de alimentos no Brasil para R$ 2 bilhões.

Chineses da 99 aumentam investimentos em entrega de alimentos no Brasil para R$ 2 bilhões.

by Ricardo Almeida
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Chineses dobram investimento previsto após sucesso da 99Food em São Paulo

A 99, pertencente ao grupo chinês DiDi Global, anunciou a duplicação de seus investimentos, elevando de forma significativa o total projetado no setor de delivery de alimentos no Brasil, atingindo R$ 2 bilhões até junho do próximo ano. A declaração foi feita pelo diretor-geral da empresa no país, Simeng Wang, em um encontro realizado nesta segunda-feira, dia 15, com jornalistas em Brasília.

Motivações para o Investimento

Durante a coletiva de imprensa, Wang destacou que a decisão de aumentar o aporte financeiro no Brasil se deu após a conclusão bem-sucedida dos projetos-piloto do serviço 99Food, que foram executados nas cidades de São Paulo e Goiânia. Ele reforçou o compromisso da empresa com o mercado brasileiro, afirmando: “A gente reafirmou nosso interesse em investir no Brasil. A gente vai investir R$ 2 bilhões nesse primeiro ano de operação do 99Food. Isso significa que a gente está dobrando o nosso investimento nesse setor.”

Contexto do Investimento

Anteriormente, em abril, a empresa já havia anunciado um investimento bilionário no Brasil com o objetivo de retomar as operações da plataforma 99Food, que havia encerrado suas atividades no início de 2023 devido à intensa concorrência no mercado. A ampliação desse investimento foi confirmada também pelo governo, que divulgou um comunicado sobre a reunião, na qual participaram outros executivos, incluindo o presidente-executivo da DiDi, Will Cheng.

Destinação dos Recursos

Simeng Wang especificou que cerca de R$ 50 milhões dos R$ 2 bilhões serão direcionados para a criação de pontos de apoio para os entregadores da 99. Esta iniciativa inclui a implementação de uma nova infraestrutura em todas as capitais do país, além dos principais mercados de atuação da empresa.

A 99 também está em busca de uma parceria com a Yadea, uma fabricante chinesa de veículos elétricos de duas rodas. O objetivo é estabelecer uma fábrica no Brasil para fornecer aos entregadores locais um veículo que seja tanto economicamente acessível quanto eficiente em termos de consumo de combustível.

Programa de Financiamento e Vouchers

Em um comunicado adicional, a empresa revelou a introdução de um programa de financiamento que disponibilizará R$ 6 bilhões em crédito para a aquisição e aluguel de motocicletas elétricas. Esta iniciativa tem potencial para beneficiar até 600 mil entregadores nos próximos três a cinco anos.

Wang também detalhou o desenvolvimento de um programa de vouchers em colaboração com o Ministério da Saúde, que permitirá que pacientes utilizem o aplicativo 99 gratuitamente para acessar consultas médicas e cirurgias em hospitais públicos. De acordo com a empresa, serão doados R$ 1 milhão em cupons de transporte destinados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), com a distribuição de 43 mil vouchers a serem disponibilizados no projeto piloto, que ocorrerá em 32 cidades do Brasil.

Desafios no Mercado Competitivo

Entretanto, a chegada da 99Food ao mercado, que buscará competir diretamente com o iFood, plataforma de entrega de alimentos do grupo holandês Prosus, poderá enfrentar desafios significativos. O iFood já anunciou investimentos diretos de R$ 17 bilhões no Brasil, programados para o período entre abril deste ano e março de 2026. Esses recursos estão principalmente voltados para ações que visam aumentar o tráfego na plataforma, melhorar a regularidade das compras feitas pelo aplicativo e expandir os segmentos de atuação da empresa no mercado.

A movimentação da 99Food, ao duplicar seus investimentos e expandir suas operações, ilustra um importante desenvolvimento no competitivo setor de delivery de alimentos no Brasil, ancorando expectativas tanto da empresa quanto do governo sobre o potencial de crescimento nesse segmento.

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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