Comissão do Senado postergou a votação do projeto para viabilizar a MP do tarifaço.

Comissão do Senado postergou a votação do projeto para viabilizar a MP do tarifaço.

by Fernanda Lima
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Adiamento da Votação do PLP 168/2025

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado adiou para a próxima semana a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 168/2025. Este projeto visa viabilizar a Medida Provisória (MP) do pacote destinado a socorrer as empresas que foram impactadas pelas tarifas elevadas dos Estados Unidos.

Relatoria e Análises

O relator da proposta, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), apresentou seu relatório na terça-feira (9). No entanto, membros da comissão solicitaram mais tempo para a análise do texto e manifestaram a intenção de realizar uma audiência pública para debater suas disposições. O presidente do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), está avaliando se acatará o pedido de audiência. Esta decisão é crucial, pois uma audiência poderia atrasar a tramitação do projeto, sendo que o governo demonstra pressa em sua aprovação para garantir o lançamento de linhas de crédito.

Conteúdo do Projeto

O projeto foi apresentado pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Ele prevê que, até o final de 2026, os valores de créditos extraordinários e renúncias fiscais previstos na Medida Provisória não serão contabilizados nos limites do arcabouço fiscal e nas metas de resultado primário.

Renúncias Fiscais e Aportes da União

A proposta abre a possibilidade de até R$ 5 bilhões em renúncias fiscais por meio do programa Reintegra. Além disso, permite que a União aumente em até R$ 4,5 bilhões os aportes para três fundos garantidores: o Fundo de Garantia de Operações (FGO), o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e o Fundo Garantidor de Operações de Crédito Exterior (FGCE).

Outras disposições incluem a possibilidade de que pessoas jurídicas afetadas pelas tarifas elevadas recebam um adicional de crédito tributário de até 3% sobre a receita gerada por exportações.

Alteração no Texto

Veneziano Vital do Rêgo acatou uma mudança de redação no texto, que visa esclarecer que o aumento de até 3 pontos percentuais no crédito do Reintegra se aplicará apenas a pessoas jurídicas que foram impactadas pelas tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos. Durante a sessão, o relator ressaltou que o projeto possui um caráter emergencial, mas a longo prazo, o Brasil deve buscar novos mercados.

Declarações dos Senadores

Veneziano Vital do Rêgo afirmou: "Embora a solução de longo prazo para o problema envolvendo os setores exportadores passe pela busca de novos mercados e por negociações com os EUA para a reversão das tarifas adicionais, é inegável a virtude da adoção de socorro temporário às empresas e aos empregos afetados por essas tarifas".

Por outro lado, o senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) expressou preocupações em relação às exceções de diversas medidas ao arcabouço fiscal, embora tenha declarado que votará a favor da proposta. Ele disse: "Apoio o relatório, mas tenho uma preocupação de que algo muito estranho está acontecendo conosco. Estamos tirando cada vez mais coisas do arcabouço fiscal, e ele se transforma em uma peça de ficção".

Objetivo da Proposta

A proposta em discussão busca sustentar o "Plano Brasil Soberano", que foi anunciado pelo governo em 13 de agosto. Entre as medidas contidas no pacote, estão a criação de uma linha de financiamento de R$ 30 bilhões, utilizando recursos do superávit financeiro do Fundo de Garantia à Exportação; a alteração das regras do seguro de crédito à exportação; e a implementação de medidas de contratação pública para incentivar a aquisição de produtos alimentícios impactados pelas tarifas.

Além disso, o projeto contempla mudanças em fundos garantidores para oferecer suporte aos exportadores. As medidas são apresentadas com o intuito de mitigar os efeitos adversos das tarifas elevadas dos Estados Unidos sobre as empresas brasileiras, especialmente aquelas envolvidas em atividades de exportação.

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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