Como a Isa Energia (ISAE4) pretende deixar de ser vista como uma ação de 'renda fixa'

Como a Isa Energia (ISAE4) pretende deixar de ser vista como uma ação de ‘renda fixa’

by Ricardo Almeida
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Isa Energia: Uma Visão Além da Renda Fixa

A categorização de ações de renda fixa para empresas do sector elétrico é bastante comum no mercado. Essas companhias, por possuírem contratos de longa duração e receitas garantidas, são frequentemente associadas à previsibilidade típica de ativos de renda fixa. Entretanto, a maior transmissora de energia privada do Brasil, a Isa Energia (ISAE4), busca ir muito além dessa percepção convencional.

Apresentação do Dia do Investidor

No evento intitulado Dia do Investidor, que ocorreu nesta quarta-feira em São Paulo, a companhia apresentou uma perspectiva sobre o futuro de seus negócios, destacando suas previsões de investimentos em inovação e tecnologia. Entre as iniciativas mencionadas, estão o uso de baterias que têm como objetivo potencializar a rede elétrica em períodos de maior demanda.

O CEO da empresa, Ruy Chamas, afirmou que a companhia está empenhada em não se acomodar na previsibilidade que caracteriza o setor. “Ao contrário, nos apoiamos nela para gerar ainda mais valor. Essa é a nossa visão, e queremos continuar seguindo esse caminho. Entendemos que esse é o nosso papel como gestores da companhia”, destacou.

Chamas também ponderou que a empresa é um negócio estável, e a partir dessa estabilidade, a equipe que está à frente da Isa tem conseguido acelerar o crescimento de forma responsável e disciplinada, atingindo índices acima da inflação.

Apostas em Baterias e Tecnologias Inovadoras

Dentre as várias inovações, a empresa está investindo no uso de baterias. A Isa Energia tem liderado a adoção de tecnologias no setor elétrico brasileiro, um passo significativo para responder às novas demandas do mercado.

No ano de 2023, a empresa implementou o primeiro projeto nacional de baterias em grande escala, com uma potência de 30 megawatts (MW), que serve para reforçar a rede elétrica, especialmente nos horários de pico no litoral sul de São Paulo. Essa iniciativa é parte de um esforço maior para lidar com os desafios impostos pela geração intermitente de fontes de energia solar e eólica, algo que, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), traz novos desafios para a manutenção da estabilidade do sistema, uma situação que se agrava com recursos cada vez mais limitados.

Chamas também enfatizou que as baterias se tornarão uma necessidade incontornável para o sistema elétrico brasileiro. Além disso, reafirmou o interesse da Isa Energia em participar do leilão programado para essa tecnologia em 2026, reconhecendo a urgência de encontrar soluções práticas para os problemas enfrentados, especialmente relacionados à transição de geração solar.

“O Brasil terá que investir em alguma solução para resolver a rampa de potência, que surge quando a geração solar se encerra… Não percebo outra tecnologia que possa entrar no mercado tão rapidamente quanto as baterias”, afirmou Chamas.

Inovações em Controle de Fluxo de Potência

Outro projeto significativo mencionado pela empresa é a implementação de uma tecnologia para controlar o fluxo de potência nas redes elétricas do interior de São Paulo. Essa inovação visa evitar sobrecargas e falhas nas linhas, aumentando a eficiência do sistema eléctrico.

Com um investimento de R$ 90 milhões, o projeto teve sua autorização concedida pela Aneel. A tecnológica FACTS está atualmente sendo aplicada em uma subestação em Ribeirão Preto (SP), permitindo o redirecionamento dos fluxos de energia, o que pode postergar a necessidade de obras convencionais que demandam mais tempo e investimento.

Chamas afirmou: “É rentável, é interessante, representa um serviço valioso nessa busca por soluções para um mundo mais complexo que estamos enfrentando”. Em meio às vantagens trazidas pela nova tecnologia, estão as capacidades de gerir riscos crescentes no setor elétrico, como a possibilidade de apagões que podem ocorrer devido a um excesso de geração solar concentrada em pequenos sistemas que não possuem um controle centralizado adequado.

Segundo Chamas, a empresa continuará a buscar oportunidades que visem resolver “problemas reais” do setor, sempre priorizando a inovação e a eficiência no serviço prestado.

Com informações da Reuters.

Fonte: www.moneytimes.com.br

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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