CEO da Eletrobras discute transição energética
O CEO da Eletrobras, Ivan Monteiro, expressou em uma declaração na última segunda-feira (29) que a transição energética em direção a fontes renováveis não deve depender de subsídios contínuos. Monteiro afirmou que, embora compreenda a necessidade de incentivos iniciais, a extensão indefinida desses subsídios pode causar distorções significativas no mercado, afetando os preços e a regulação do setor.
Importância do sinal de preços
Monteiro destacou que subsídios prolongados acabam eliminando o sinal de preços, o que prejudica o funcionamento do mercado. "Eu entendo que no começo pode ter subsídios, mas quando estende eternamente acaba tendo distorções e não tem sinal de preços. Quando não há sinal de preços, a regulação tem que prever isso", comentou ele durante sua fala em um painel do evento Macro Vision, promovido pelo Itaú BBA. O executivo também enfatizou a importância de evitar que situações do passado, que resultaram em distorções atuais, continuem a prevalecer no futuro.
Escassez de profissionais qualificados
Além das questões relacionadas ao mercado de energia, Monteiro mencionou a percepção de uma falta considerável de engenheiros e outros profissionais qualificados, um desafio não apenas para a Eletrobras, mas também para outras empresas do setor. Para enfrentar essa situação, ele sugeriu uma iniciativa que está sendo estudada: a criação de uma universidade.
"Não chega a ser um gargalo, mas sente [a falta de mão de obra qualificada]. Estamos pensando em pegar uma sede de uma empresa nossa e transformar em uma universidade. É algo bem embrionário ainda", disse Monteiro. Ele ressaltou que a instituição poderia ajudar a suprir a demanda por formação especializada no setor energético e em outras áreas correlatas.
Conclusão
A fala do CEO da Eletrobras aborda temas relevantes sobre os desafios que a empresa e o setor enfrentam em relação à transição energética e à escassez de mão de obra qualificada. As preocupações levantadas refletem a complexidade do cenário energético atual, ressaltando a necessidade de uma abordagem equilibrada e sustentável para o futuro.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br