DAX, CAC e FTSE100 avançam antes de reuniões cruciais dos bancos centrais; expectativa de redução de juros pelo Fed.

DAX, CAC e FTSE100 avançam antes de reuniões cruciais dos bancos centrais; expectativa de redução de juros pelo Fed.

by Ricardo Almeida
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As ações europeias experimentaram uma alta na segunda-feira, 15 de setembro de 2025, iniciando a semana de forma positiva. Este movimento acontece enquanto os investidores se preparam para diversas reuniões importantes de bancos centrais, entre eles o Federal Reserve dos Estados Unidos e o Banco da Inglaterra.

Às 07:26 (horário de Brasília), o índice STOXX600 apresentava uma elevação de 0,46%. O DAX, índice da bolsa alemã, registrava um aumento de 0,35%, enquanto o CAC 40 da França alcançava um ganho de 1,04%. Por sua vez, o FTSE 100 do Reino Unido mostrava uma operação praticamente estável, com variação de -0,01%.

Foco no Fed

Os participantes do mercado estão em preparação para uma reunião decisiva do Federal Reserve (Fed) que ocorrerá nesta semana. Indicadores econômicos recentes apontam para um mercado de trabalho mais fraco, além de uma inflação contida, o que eleva as expectativas sobre um possível corte nas taxas de juros ao término da reunião do Fed na quarta-feira. O otimismo decorrente dessa perspectiva contribuiu para o impulso dos índices de ações nos Estados Unidos, que atingiram níveis recordes na semana anterior. O Nasdaq Composite, que possui uma forte presença de empresas do setor de tecnologia, encerrou na sexta-feira em uma nova máxima histórica.

Contudo, o Fed não é o único banco central que está no centro das atenções nesta semana. O Banco da Inglaterra, que já implementou cinco cortes nas taxas de juros em um pouco mais de um ano, deve manter as taxas inalteradas na quinta-feira. Isso acontece mesmo com a inflação atingindo 3,8% em julho, a mais alta entre os países do G7 e quase o dobro da meta de médio prazo estabelecida pelo Banco da Inglaterra. Outros bancos centrais, como os do Japão, Canadá e África do Sul, também estão com reuniões agendadas para anunciar suas respectivas políticas monetárias.

O crescimento da China desacelera

Na Europa, os dados econômicos locais apresentados na segunda-feira foram escassos. Entretanto, o sentimento do mercado foi influenciado negativamente pelos números econômicos da China referentes ao mês de agosto. Foi observado que a produção industrial e as vendas no varejo apresentaram o crescimento mais lento desde o ano anterior. A produção industrial subiu 5,2% em comparação ao ano anterior, uma queda em relação ao crescimento de 5,7% registrado em julho. As vendas no varejo, por sua vez, aumentaram 3,4%, marcando o ritmo mais lento desde novembro de 2024.

Desenvolvimentos Corporativos

Em termos de novidades corporativas, a empresa alemã de defesa Rheinmetall anunciou um acordo para adquirir a divisão de construção naval militar do Grupo Luerssen, denominada Naval Vessels Luerssen. Esse movimento marca a expansão da Rheinmetall no setor de construção naval. Os detalhes da transação não foram divulgados, e a expectativa é que o fechamento do negócio aconteça no início do próximo ano, condicionado à aprovação regulatória antitruste.

Adicionalmente, a empresa AO World aumentou sua previsão de lucro e anunciou sua primeira recompra de ações, no valor de £ 10 milhões, após relatar um crescimento de receita em dois dígitos para o primeiro semestre de 2025.

Mercados de petróleo

Os preços do petróleo apresentaram uma alta na segunda-feira, mantendo os ganhos acumulados recentemente em meio a preocupações com possíveis interrupções no fornecimento da Rússia, decorrentes de ataques de drones ucranianos à infraestrutura energética de Moscou.

Às 07h35 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent estavam em alta de 0,25%, cotados a US$ 67,16 por barril. Enquanto isso, o petróleo bruto West Texas Intermediate, dos Estados Unidos, registrava uma elevação de 0,35%, com preço a US$ 62,91 por barril.

Ambas as referências de petróleo subiram mais de 1% na semana anterior, impulsionadas por ataques direcionados ao terminal de exportação russo em Primorsk e à refinaria de Kirishinefteorgsintez. A continuidade desses episódios pode levar a uma redução na produção de petróleo, impactando mercados significativos como os da Índia e da China.

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