Curva de Juros em Alta em Dia de Correção no Mercado
No dia 28 de outubro de 2025, os juros futuros negociados na B3 encerraram o pregão com tendência de alta, resultante de um movimento de correção após quedas recentes na curva de juros. A cautela predominou no mercado, influenciada pela valorização do dólar em relação ao real e pela expectativa em torno da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que iniciaria sua reunião na terça-feira. A sessão foi caracterizada por volatilidade, evidenciando um avanço generalizado nos vértices da curva de juros.
Destaques do Pregão
Entre os principais destaques do dia, os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) foram os únicos a registrar uma leve queda, com recuo de 0,07%, encerrando a sessão com uma taxa de 13,825%. Em contraste, os vértices de prazo mais longo foram os grandes protagonistas das altas: os contratos com vencimento em janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) e janeiro de 2035 (BMF:DI1F35) subiram 0,38% e 0,37%, respectivamente, alcançando taxas finais de 13,36% e 13,535%.
Liquidez Mantida em Vértices de Curto e Médio Prazo
Os vértices de curto e médio prazo mantiveram uma liquidez elevada. Os contratos com vencimento em janeiro de 2028 (BMF:DI1F28) e janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) apresentaram movimentações significativas, com respectivos volumes de 257.216 e 182.274 contratos, solidificando sua posição como os mais negociados no mercado de DI Futuro.
Além disso, os contratos de longo prazo, que são mais sensíveis a questões fiscais e políticas, também demonstraram forte movimentação. Os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) e janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) movimentaram 230.378 e 163.532 contratos, evidenciando o interesse dos investidores em prazos mais longos, especialmente diante das incertezas econômicas atuais.
Fatores que Impulsionaram o Avanço das Taxas de Juros Futuros
O aumento das taxas de juros futuros foi alimentado por diversos fatores, tanto externos quanto internos. A valorização do dólar em relação ao real aumentou a percepção de risco, pressionando a curva de juros para cima. Também, a expectativa acerca da decisão do Fed sobre os juros nos Estados Unidos trouxe um clima de cautela para os mercados. Embora houvesse um otimismo anterior em relação à política econômica americana, que favorecia os ativos brasileiros, a conjuntura exigiu novos ajustes.
No contexto brasileiro, problemas como a inflação persistente e incertezas a respeito da condução da política fiscal continuam a estar no foco da atenção dos investidores. Esses elementos são essenciais para compreender a sensibilidade dos vértices da curva de juros, especialmente nos contratos de longo prazo.
Impacto da Queda nos Rendimentos dos Treasuries
A queda nos rendimentos dos Treasury Bonds ao longo do mês de outubro, com a taxa dos títulos de 10 anos fechando a 3,989%, também exerce influência no mercado brasileiro. A menor atratividade dos títulos americanos tende a favorecer ativos emergentes, como os contratos futuros de juros na B3.
Investidores interessados em acompanhar em tempo real a curva de juros e todos os vencimentos do DI Futuro têm à disposição a Central de Juros Futuros da -, onde é possível obter informações detalhadas e atualizadas sobre o desempenho do mercado.
Fonte: br.-.com
