Diplomata dos EUA se encontra com mineradoras brasileiras para discutir terras raras

Reuniões de Negócios

O encarregado de Negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, participa, nesta terça-feira (28), de uma série de reuniões com mineradoras que atuam no país. O objetivo das reuniões é a busca de possíveis acordos na área de minerais críticos e estratégicos.

Descrição das Reuniões

A informação foi confirmada pelo próprio diplomata à CNN, que descreveu os encontros como “produtivos”. No entanto, Escobar não revelou os nomes das empresas envolvidas nas negociações.

Outras reuniões estão programadas para a parte da tarde. Todas essas atividades estão acontecendo durante a Exposibram, um dos principais eventos do setor mineral na América Latina, que reúne grandes companhias do setor, representantes do governo e lideranças políticas.

Contexto das Conversas

Essas conversas ocorrem dois dias depois do encontro entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva. Como relatado pela CNN, um possível acordo para o fornecimento seguro de terras raras aos Estados Unidos é tema central nas negociações comerciais, especialmente no contexto do “tarifaço” imposto por Washington.

A articulação em torno deste tema ganhou ainda mais força após a China restringir a exportação desses insumos.

Domínio da Cadeia de Produção

Embora os recursos de terras raras estejam relativamente bem distribuídos pelo planeta, a China domina quase toda a cadeia de produção, abrangendo desde o refino até a fabricação de componentes de alto valor agregado. Atualmente, cerca de 60% da mineração global ocorre em território chinês.

Entretanto, o dado mais preocupante se refere ao processamento: 91% de todo o refino mundial é realizado por empresas chinesas. Além disso, a China produz 94% dos ímãs permanentes usados em turbinas, motores e equipamentos de defesa.

Risco Geopolítico

A IEA (Agência Internacional de Energia) classificou essa concentração como um risco geopolítico severo. O órgão alertou que o domínio chinês permite a Pequim influenciar preços, controlar o acesso de países concorrentes e definir o ritmo de progresso em tecnologias estratégicas, como semicondutores, veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia.

Importância do Tema para os EUA

Para Washington, o tema é especialmente sensível, uma vez que a supremacia militar e tecnológica dos Estados Unidos pode ser ameaçada se a China ampliar seu controle sobre insumos essenciais a setores de defesa, inteligência artificial e energia limpa.

O Papel do Brasil

Neste cenário, o Brasil destaca-se por sua posição estratégica. O país detém a segunda maior reserva de terras raras do mundo, mas atualmente produz e refina quase nada desse recurso.

A falta de um marco regulatório específico para o setor, somada à incipiência da cadeia produtiva, representa um desafio. No entanto, empresas ocidentais já começaram a adquirir projetos e a realizar pesquisas e mapeamentos geológicos em território nacional.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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