Dólar opera em fraqueza global
De acordo com um relatório do BTG Pactual, o dólar continua a operar em um cenário de fraqueza global, conforme divulgado nesta terça-feira (9). O principal indicador dessa tendência é o Dollar Index (DXY), que avalia o desempenho da moeda norte-americana em comparação a uma cesta de moedas fortes. A análise revela que a pressão vendedora sobre o dólar tem aumentado, resultando no rompimento da mínima que se manteve pelas últimas quatro semanas.
Na semana passada, o DXY já havia encerrado com uma leve queda de 0,12% e, no dia anterior (8), confirmou uma ruptura do patamar mínimo do último mês, fechando o dia às 97,443 pontos.
Os analistas do BTG destacam que a tendência de médio prazo para o índice é de baixa, com repetidas falhas em superar a resistência significativa na faixa dos 99,000 pontos. Cada teste nesta região tem gerado um aumento na pressão vendedora, o que reforça a perspectiva de queda contínua. O banco ressalta que a continuidade dessa tendência pode resultar em uma nova queda acentuada.
Suporte técnico do DXY
O próximo suporte técnico para o DXY está estabelecido em 96,300. Caso esse nível seja superado, os próximos objetivos técnicos se estendem para 94,055 e 92,650.
Dólar em relação ao Real (USDBRL)
A fraqueza da moeda norte-americana é refletida no mercado brasileiro. A análise do par USDBRL, que representa a força do dólar face ao real brasileiro, indica que a pressão dos vendedores está voltando a se intensificar, especialmente no suporte em 5,4000.
O rompimento desse nível de suporte é considerado pelos analistas como um ponto crítico, pois pode levar a uma retomada de uma tendência de baixa mais acentuada. Caso esse suporte seja perdido, os próximos alvos técnicos são R$ 5,2700 e R$ 5,1885. As resistências imediatas estão em R$ 5,5000 e R$ 5,6000.
Cenário para outros pares de moedas
Euro (EURUSD)
Embora o euro tenha acumulado uma alta de 0,60% em setembro, a moeda ainda se encontra em um processo de consolidação, refletindo uma indecisão no curto prazo. O par opera entre o suporte em 1,1500 e a resistência em 1,1800.
Para os analistas do BTG, o cenário para o longo e médio prazo permanece positivo, mas a confirmação de uma retomada na força compradora requer o rompimento do topo em 1,1800.
Iene (USDJPY)
No que diz respeito ao par dólar-iene, a pressão vendedora tem se mostrado enfraquecida. Apesar de a tendência tanto no médio quanto no curto prazo ser considerada positiva, o par tem se mantido em uma movimentação lateral e não tem conseguido romper a resistência da média de 200 dias, que está próxima de 149,00.
O BTG prevê um potencial enfraquecimento do dólar em relação ao iene, mas destaca que a confirmação dessa expectativa está atrelada ao rompimento da faixa de 149,00, tendo um primeiro alvo estipulado em 150,90.