Embraer (EMBJ3) apresenta novos produtos, mas CEO reforça a importância da disciplina financeira

Estudo de Novos Produtos na Embraer

A Embraer (código de negociação: EMBJ3) está avaliando a introdução de novos produtos que podem impulsionar o crescimento sustentável da empresa no longo prazo. A informação foi compartilhada pelo presidente-executivo da fabricante brasileira de aeronaves, Francisco Gomes Neto, em uma entrevista concedida à Reuters.

Demanda e Competição no Mercado

Nos últimos anos, a empresa frequentemente se viu associada à possibilidade de desenvolver aeronaves comerciais de maior porte para competir diretamente com gigantes da indústria, como a Boeing e a Airbus. No entanto, Gomes Neto destacou que também existe uma demanda crescente por jatos executivos de maior capacidade.

“Estamos analisando as opções disponíveis. Nossas equipes de inteligência de mercado e engenharia estão explorando todas as alternativas viáveis. Em algum momento, tomaremos uma decisão sobre o rumo que devemos seguir”, afirmou o executivo durante a entrevista realizada na terça-feira, dia 4.

Custos Relacionados ao Desenvolvimento de Novos Modelos

O desenvolvimento de novos modelos de aeronaves geralmente demanda bilhões de dólares em investimentos de capital e pode levar vários anos até que os produtos estejam disponíveis no mercado. Apesar de manter níveis de endividamento sob controle, a Embraer não é imune aos desafios financeiros que frequentemente afetam os fabricantes de jatos durante o lançamento de novos produtos.

A Embraer direciona seus esforços principalmente para o segmento comercial regional, focando em aeronaves que acomodam entre 70 e 140 passageiros. Sua linha E2 compete com o A220 da Airbus, mas ainda não consegue se inserir no atual mercado das aeronaves maiores, com mais de 150 assentos, que continua a ser dominado pelas empresas Airbus e Boeing.

Posição no Mercado de Jatos Executivos

No que diz respeito ao segmento de jatos executivos, a Embraer atua nas categorias que variam de muito leve a supermédio porte. O modelo maior da sua linha, o Praetor 600, oferece capacidade para até 12 passageiros, ficando atrás em comparação com concorrentes como a Dassault, que disponibiliza aeronaves de maior porte.

Os projetos futuros, segundo Gomes Neto, estarão condicionados a diversos fatores, incluindo “o tipo de produto que acreditamos ser possível desenvolver, a estratégia de financiamento que não comprometa a saúde financeira da empresa e o interesse de nossos clientes”.

“Nos próximos anos, nosso foco será concentrar esforços em investir em novas tecnologias e amadurecer os estudos sobre quais seriam os futuros produtos da Embraer. Contudo, ainda não definimos um cronograma para essa decisão”, ele acrescentou.

Desafios na Cadeia de Suprimentos

O executivo também destacou que a Embraer já assegurou a aquisição de peças necessárias para a montagem das aeronaves que deverão ser entregues até o final do ano. Entretanto, muitos desses materiais chegaram com atrasos, o que resultará em uma concentração maior das entregas no quarto trimestre do ano.

Nos últimos anos, o setor de aviação enfrentou dificuldades significativas relacionadas a gargalos na cadeia de suprimentos, que impactaram os planos de produção e causaram atrasos nas entregas.

“Esperamos que o próximo ano ainda apresente alguns desafios na cadeia de suprimentos. Em média, a situação está melhorando, embora ainda tenhamos alguns componentes específicos que serão difíceis de gerenciar no próximo ano”, afirmou Gomes Neto.

Além disso, ele comentou que os problemas anteriores relacionados aos motores Pratt & Whitney, da RTX, que equipam a família E2, foram “praticamente resolvidos”.

“Neste ano, não enfrentamos dificuldades quanto ao recebimento dos motores GTF necessários para a montagem das aeronaves, e não estamos prevendo problemas para o ano que vem também”, afirmou o presidente da Embraer.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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