Entrevistando mais de 500 candidatos no Brasil: estes 3 hábitos sutis são sinais de alerta.

Nos últimos dez anos, fundei várias empresas, fiz entrevistas com mais de 500 candidatos e contratei mais de 100 pessoas.

Como CEO de duas empresas, cometi todos os erros possíveis na contratação e aprendi o quão caros eles podem ser.

A verdade é que muitos candidatos ruins parecem ótimos no papel. No entanto, durante a entrevista, existem três comportamentos sutis que quase sempre indicam problemas. Candidatos devem estar cientes disso, pois, para os gerentes de contratação, são grandes sinalizadores vermelhos.

1. Chegar atrasado, e isso sinaliza falta de preparação

Se alguém chega até mesmo um minuto atrasado a uma entrevista, isso levanta questões imediatamente. Claro, emergências acontecem. Mas, na maioria das vezes, isso sinaliza um planejamento inadequado.

Quando alguém não protege o tempo para a entrevista, eu tenho que supor que não protegerá o tempo para clientes, prazos ou colegas de trabalho quando estiver na função. Em ambientes de agência dinâmicos, isso pode gerar problemas reais.

Faça isso em vez disso

  • Procure chegar cedo, mesmo que seja uma entrevista virtual. Conecte-se 10 minutos antes e teste sua tecnologia.
  • Se algo inevitável acontecer, comunique-se imediatamente. Uma mensagem rápida faz uma grande diferença.
  • Trate a entrevista com o mesmo respeito que você daria a uma reunião com um cliente.

2. Palavras polidas sem substância não têm impacto

Alguns candidatos são excelentes oradores. Eles soam suaves, confiantes e ágeis em suas respostas. Mas, ao ouvir mais atentamente, suas respostas não estão enraizadas em experiências pessoais.

Já tive entrevistas onde um candidato me deu um parágrafo completo que soou inteligente, mas, ao reproduzi-lo em minha cabeça, percebi que não havia um exemplo real, métrica ou detalhe significativo.

Na era da inteligência artificial, os líderes desejam provas de que você enfrentou desafios, resolveu problemas e entregou resultados — não apenas que você pode soar bem ao falar sobre eles.

Faça isso em vez disso

Em vez de simplesmente afirmar pontos fortes, os melhores candidatos os demonstram.

  • Substitua palavras da moda por provas. Em vez de dizer “sou colaborativo”, conte uma história sobre como a colaboração ajudou a salvar um projeto.
  • Use o método STAR (Situação, Tarefa, Ação, Resultado) para estruturar suas respostas.
  • Prepare algumas histórias que destaquem como você colocou habilidades-chave em prática e como lidou com desafios reais.

3. A energia na entrevista (ou a falta dela) diz muito

Para mim, a energia é um dos sinais mais reveladores. A entrevista é a sua melhor performance — se você se apresenta sem energia, não melhorará uma vez que estiver realmente no trabalho.

Isso é especialmente importante em funções que envolvem contato com o cliente ou em ambientes de alta pressão. Já constatei o impacto da energia. Um candidato que traz entusiasmo, curiosidade e presença para a conversa tem muito mais chances de prosperar do que aquele que parece apático ou desinteressado.

Faça isso em vez disso

  • Reconheça os nervos, mas canalize-os em entusiasmo.
  • Demonstre engajamento por meio do tom de voz, postura e perguntas reflexivas.
  • Deixe o entrevistador ver sua verdadeira personalidade. Não finja ser alguém que você não é, pois a maioria das pessoas consegue perceber isso facilmente.

Uma boa regra geral para qualquer entrevista de emprego é trazer a melhor versão de si mesmo para a sala. Lembre-se de que você não está sendo avaliado apenas em suas habilidades, mas também está mostrando ao seu futuro chefe e equipe como você se comportará dia após dia se decidirem lhe contratar. Portanto, ajude-os a imaginar o quão boa escolha você seria.

Eli Rubel é um empreendedor de longa data e atualmente atua como CEO da Profit Labs, uma empresa de finanças estratégicas, contabilidade e administração para agências, e da SurveyGate, uma ferramenta SaaS que ajuda proprietários de empresas a capturar automaticamente feedback objetivo de clientes. Ele também possui uma pequena carteira de empresas de serviços, que inclui a NoBoringDesign, uma agência de design e criatividade para empresas de tecnologia, e a Matter Made, uma agência de marketing de performance B2B para empresas de tecnologia.

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