Desafios da Estratégia de Estabilização Fiscal
A estratégia escolhida pelo governo federal para a estabilização fiscal, que prioriza o aumento da arrecadação, apresenta desafios significativos e pode enfrentar resistência, conforme analisado por Roberto Padovani, economista-chefe do BV, durante o WW. Em um contexto em que a carga tributária já é considerada alta, essa abordagem dá preferência ao lado da receita.
Considerações sobre a Carga Tributária
Padovani destaca que a estratégia adotada até agora é pró-gasto, com ajustes sendo realizados principalmente pela via da receita. Para ele, essa orientação em um país com alta carga tributária, resulta em um cenário que tende a gerar confusão econômica.
Efeitos Macroeconômicos em 2023
Em 2023, houve uma virada significativa e um choque fiscal marcante, que acarretaram um impacto de dois pontos percentuais do PIB. Esse contexto desencadeou diversas consequências macroeconômicas, que incluíram pressões inflacionárias, uma certa recuperação na queda do desemprego e um agravamento das contas externas no início de 2024.
As Duas Vias para Estabilização Fiscal
Padovani esclarece que, em sistemas democráticos, a estabilização fiscal é normalmente alcançada por duas frentes principais: controle das despesas ou aumento da arrecadação. No caso brasileiro, a decisão de aumentar a arrecadação esbarra em barreiras devido à elevada carga tributária já estabelecida.
Conflitos na Abordagem de Receitas
A escolha do governo em direção ao aumento das receitas, ao mesmo tempo em que mantém um foco em gastos públicos, conforme observado pelo economista, é uma estratégia que tende a provocar conflitos e complicações dentro do cenário econômico do país.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br