O financiamento destinado a políticas climáticas, que é estimado em aproximadamente US$ 1,3 trilhão anualmente, destaca-se como o tema econômico central nas discussões que ocorrem em preparação para a COP30, a ser realizada em Belém. Apesar de haver um consenso global acerca do montante necessário, a discussão sobre as fontes de onde esses recursos deverão provir se configura como o principal ponto de debate. Essa análise é feita por Fernando Nakagawa na CNN Arena.
A necessidade de tratar essa questão em profundidade será uma prioridade durante a reunião dos líderes mundiais, e posteriormente, na cúpula em que participarão negociadores, diplomatas e representantes de órgãos ambientais. O valor citado reflete uma compreensão internacional acerca da importância de investimentos robustos para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Proposta Brasileira
O Brasil apresenta uma proposta inovadora visando alcançar a meta de financiamento. Articulada pelo embaixador André Corrêa do Lago, que representa o Brasil na COP30, essa sugestão propõe uma ampliação no entendimento sobre o que pode ser considerado financiamento climático. Atualmente, apenas projetos que estão diretamente relacionados a fontes de energia renováveis, como a energia solar e eólica, são classificados nesta categoria.
A proposta brasileira se destaca ao sugerir que obras de infraestrutura que integrem aspectos climáticos em seus projetos sejam também consideradas investimentos climáticos. Por exemplo, construções de rodovias e implantação de linhas de metrô poderiam ser classificadas dessa forma, desde que contemplem elementos que sejam relevantes do ponto de vista ambiental durante sua execução.
Essa nova visão busca diversificar as fontes de financiamento e facilitar o cumprimento da meta financeira anual estabelecida. A proposta brasileira será uma entre diversas alternativas que serão debatidas durante o encontro em Belém, cuja finalidade é buscar soluções para possibilitar a obtenção do significativo montante exigido para as políticas climáticas em nível global.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
