Sinais de Pressão na Economia dos EUA
A economia dos Estados Unidos está apresentando sinais de pressão após um período prolongado de resiliência. A demanda doméstica está moderando e o crescimento do emprego está desacelerando, conforme relatado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira, 11 de outubro.
Análise do FMI
Julie Kozack, porta-voz do FMI, declarou que a inflação está se dirigindo para a meta de 2% estipulada pelo Federal Reserve. No entanto, existem riscos que podem acionar um aumento na inflação, em grande parte devido às tarifas impostas às importações durante a presidência de Donald Trump.
“Nos últimos anos, a economia dos EUA demonstrou grande resistência. Contudo, começamos a notar que alguns sinais de pressão estão surgindo”, afirmou Kozack durante uma coletiva de imprensa. Ela destacou que a demanda interna nos EUA está se moderando e que o crescimento do emprego está perdendo ritmo.
Impactos das Tarifas
Kozack mencionou que a antecipação das tarifas imposta pelo governo no início do ano resultou em uma volatilidade significativa na atividade econômica no primeiro semestre. Isso levou a um aumento das taxas de importação, o que, por sua vez, eleva os riscos de uma inflação mais alta.
De acordo com ela, a análise realizada pelo FMI sugere que existe uma oportunidade para o Federal Reserve reduzir as taxas de juros. Contudo, essa ação deve ser feita com cautela, levando em conta os dados futuros que venham a surgir.
Revisão dos Dados de Emprego
Em um ponto adicional, Kozack comentou sobre a recente revisão para baixo dos dados de emprego dos EUA, anunciada na terça-feira. Essa revisão foi considerada "um pouco maior" do que a média histórica. O governo dos EUA relatou que aproximadamente 911 mil empregos a menos foram criados nos doze meses que se encerraram em março, em comparação com as estimativas anteriores. Essa situação indica que o crescimento do emprego estava estagnado antes da implementação das tarifas agressivas sobre as importações.