JBS Acusada de Compras Ilegais de Gado
A JBS (JBSS32), considerada a maior empresa de carnes do mundo, teria adquirido indiretamente gado criado de forma ilegal em terras indígenas no Brasil, segundo uma investigação realizada pelo Greenpeace, divulgada na quinta-feira, dia 25.
Detalhes da Investigação
De acordo com a pesquisa, o gado supostamente adquirido pela JBS foi originado no território indígena amazônico conhecido como Pequizal do Naruvôtu. Esse gado teria "abastecido indiretamente frigoríficos da JBS que estão autorizados a exportar para mercados da União Europeia, Ásia e Américas".
O Greenpeace apontou que, entre os anos de 2018 e 2025, o fazendeiro Mauro Fernando Schaedler transferiu, pelo menos, 1.238 animais de uma de suas propriedades, que se sobrepõe à terra indígena, para uma segunda fazenda que não apresenta irregularidades. A pesquisa informa que esta segunda propriedade teria vendido os animais para a JBS.
Metodologia da Pesquisa
Para rastrear o trânsito dos animais entre as diferentes fazendas e os frigoríficos, o Greenpeace utilizou dados oficiais de movimentação de gado. No entanto, a falta de um sistema de identificação individual para o gado no Brasil dificulta a confirmação precisa de quais animais foram transferidos e para onde eles foram enviados.
Resposta da JBS
Em resposta às acusações, a JBS afirmou que o Greenpeace não conseguiu demonstrar que o gado supostamente criado de forma irregular teria chegado aos seus abatedouros. A empresa destacou que todas as suas aquisições foram feitas com base em políticas rigorosas para garantir um fornecimento responsável de matérias-primas.
Além disso, a JBS informou que bloqueou a fazenda mencionada na investigação e solicitou explicações ao produtor responsável pela propriedade.
Prática de Lavagem de Gado
O Greenpeace esclareceu que a prática de transferir gado de uma propriedade irregular para outra com registros limpos é comumente referida como "lavagem de gado". Essa prática tem como objetivo ocultar a origem do animal, dificultando a rastreabilidade dos mesmos nas operações comerciais.
Comentários dos Produtores
Representantes de ambas as fazendas envolvidas na investigação não forneceram comentários imediatos quando contatados sobre as alegações.
Fonte: www.moneytimes.com.br