O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou o desempenho do governo no campo da economia e destacou que, nos últimos anos, foi criado um ambiente de negócios favorável no país.
Na terça-feira (4), durante o Bloomberg Green Summit em São Paulo, Haddad afirmou: “O Brasil está em uma situação muito melhor. […] Vamos ter a menor inflação em quatro anos, o maior crescimento em quatro anos. Vamos ter o melhor resultado fiscal em quatro anos”.
O ministro mencionou o número de leilões na área de infraestrutura que têm sido realizados ao longo do ano na B3, destacando que esses dados representam os maiores índices que o país observa em décadas.
Haddad também falou sobre as expectativas em relação aos resultados econômicos que poderão ser atingidos com a reforma tributária. De acordo com o ministro, no cenário mais pessimista, o impacto desta mudança no PIB (Produto Interno Bruto) seria de 12%. No entanto, se o cenário otimista se concretizar, o projeto pode elevar a soma da economia em até 20%.
O ministro destacou a reforma da renda, mencionando a nova fase que envolve o Imposto de Renda. Ele enfatizou que “a desigualdade está impedindo o crescimento”.
Taxa de Juros
Haddad criticou fortemente a atual taxa básica de juros no Brasil, que se encontra em 15% ao ano. O ministro considerou “insustentável” que a taxa de juro real gire em torno de 10%, alertando que existe uma linha tênue onde o remédio para a inflação pode se tornar veneno.
“Eu tenho alergia à inflação, mas há uma questão de razoabilidade”, indicou o ministro.
As declarações de Haddad foram feitas na véspera da próxima decisão do Conselho de Política Monetária do Banco Central. Os analistas esperam que o Copom mantenha a Selic no atual nível e aguardam sinalizações relevantes no comunicado, especialmente considerando que os Estados Unidos têm reduzido suas taxas.
Por fim, Haddad criticou o mercado financeiro, afirmando que, segundo ele, há uma torcida contra o governo. “Expectativa no Brasil tem muita torcida. Vejo gente torcendo contra o país, no mercado financeiro”, declarou.
O ministro reiterou o compromisso do governo com as metas fiscais, afirmando que a administração “está decidida a fazer o que não foi feito de 2015 para cá”.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
