Ibovespa fecha em alta com deflação do IPCA, alívio nos EUA, estabilidade do minério na China e apoio de Fux no STF.

Ibovespa fecha em alta com deflação do IPCA, alívio nos EUA, estabilidade do minério na China e apoio de Fux no STF.

by Ricardo Almeida
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Fechamento do Mercado em 10 de Setembro de 2023

A quarta-feira, 10 de setembro, registrou alta de 0,52% no Índice Bovespa (BOV:IBOV), encerrando o dia aos 142.348 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 14,3 bilhões, o que corresponde ao mesmo patamar das últimas 50 sessões. O contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) acompanhou a tendência de valorização, refletindo o otimismo dos investidores que realizaram ajustes de posições antes do leilão de títulos do Tesouro, programado para esta quinta-feira.

Fatores que Impactaram o Pregão

O desempenho do mercado foi influenciado por uma combinação de fatores. No Brasil, a deflação de 0,11% registrada no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fortaleceu as expectativas de um possível corte nas taxas de juros, apesar de o setor de serviços continuar enfrentando pressões. Nos Estados Unidos, a deflação ao produtor trouxe um alívio momentâneo e consolidou as expectativas de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve, com a próxima reunião do FOMC prevista para a próxima semana. Já na China, os contratos de minério de ferro mantiveram-se firmes em Dalian, proporcionando suporte às exportadoras brasileiras.

No cenário político, o destaque ficou por conta do voto divergente do ministro Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, o que gerou um certo desconforto em Brasília e influenciou a percepção de risco.

Maiores Alta e Queda das Ações

Entre as ações que se destacaram com alta, a Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR) liderou os ganhos, apresentando variações de 1,81% e 2,56%, impulsionada pela cotação do petróleo Brent, que superou os US$ 67. O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) avançou 3,04%, com os investidores confiantes na resiliência do setor financeiro, e a Magazine Luiza (BOV:MGLU3) teve uma alta de 3,70%, resultado de ajustes técnicos.

Por outro lado, entre as quedas mais significativas, a MRV (BOV:MRVE3) recuou 4,83%, impactada pelas condições do setor imobiliário. A Braskem (BOV:BRKM5) viu uma retração de 3,69%, resultado de pressões cambiais e incertezas relacionadas aos insumos, enquanto a Suzano (BOV:SUZB3) caiu 2,14%, acompanhando os movimentos do mercado global de papel e celulose. Também foram lembradas as ações da Vale (BOV:VALE3), que reduziu sua projeção de CAPEX e apresentou um dia de oscilações relevantes, além do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), que manteve alta liquidez com um considerável volume de negócios.

Mercado de Juros na B3

Na B3, o mercado de juros fechou misto na quarta-feira. Os contratos de DI futuro (BMF:DI1FUT) com vencimentos mais curtos subiram até 3,5 pontos-base, refletindo uma leitura de que a deflação do IPCA não foi suficiente para acelerar os cortes na taxa Selic. Em contraposição, os vértices intermediários e longos recuaram até 5,50 pontos-base, alinhados à expectativa de que o Federal Reserve possa reduzir as taxas de juros em um futuro próximo. Os contratos mais negociados foram aqueles com vencimentos para 2027 e 2031, que apresentaram grande liquidez e sinalizaram uma curva mais inclinada na parte curta e descompressão nos vértices médio e longo prazo.

DataVariaçãoPontuaçãoVolume Financeiro
01/09/2025-0,10%141.284,63R$ 11,8 bilhões
02/09/2025-0,67%140.335,16R$ 21,1 bilhões
03/09/20250,34%139.863,63R$ 17,2 bilhões
04/09/20250,81%140.993,25R$ 18,0 bilhões
05/09/20251,17%142.640,14R$ 21,8 bilhões
08/09/2025-0,59%141.791,58R$ 16,7 bilhões
09/09/2025-0,12%141.618,29R$ 18,4 bilhões
10/09/20250,52%142.348,70R$ 18,4 bilhões

Destaques Corporativos do Dia

  1. Cosan (CSAN3)

    André Esteves, presidente do banco BTG Pactual, expressou interesse em adquirir uma participação significativa na Cosan, conforme uma reportagem publicada pelo jornal O Globo, que citou fontes próximas às negociações.

  2. Lojas Renner (LREN3)

    A Lojas Renner S.A. indicou que o segundo semestre será desafiador, especialmente no terceiro trimestre de 2025, devido a efeitos de base de comparação e a um consumidor mais seletivo. Apesar destes desafios, a empresa mantém uma visão positiva para o último trimestre do ano e para 2026, conforme declarações do vice-presidente de finanças, Daniel Martins.

  3. Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)

    A Marfrig Global Foods e a BRF S.A. confirmaram a data de conclusão da esperada fusão entre ambas as companhias. O processo deve ser finalizado em 22 de setembro, com a nova entidade, designada MBRF, estreando na B3 com o ticker MBRF3 no dia seguinte, 23 de setembro.

  4. Oncoclínicas (ONCO3)

    A Oncoclínicas Brasil Serviços Médicos anunciou, a pedido da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o retorno do atendimento temporário a pacientes oncológicos da Unimed FERJ no Rio de Janeiro. Essa decisão segue um novo acordo entre as partes, que inclui a repactuação de uma dívida significativa.

  5. Suzano (SUZB3)

    A Suzano S.A. completou na segunda-feira, 8 de setembro, a recompra de notas sêniores emitidas pela Suzano Austria GmbH, com vencimento em 2026 e 2027. A operação tinha como objetivo otimizar a estrutura de capital da companhia e diminuir a quantidade de dívida em circulação.

  6. Zamp (ZAMP3)

    A Zamp S.A., que opera as redes Burger King e Popeyes no Brasil, anunciou a conclusão da oferta pública de aquisição (OPA) realizada por sua controladora, Mubadala Capital. A gestora adquiriu 22,808 milhões de ações, o que corresponde a 97,8% dos papéis em circulação no mercado, ao valor de R$ 3,50 por ação. A liquidação financeira está prevista para 22 de setembro, quando a Mubadala passará a deter 322,564 milhões de ações, correspondendo a 79,27% do capital social da companhia.

(Com informações da TCMover e Momento B3)

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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