Mercado Financeiro
Desempenho do Índice Bovespa
O Índice Bovespa (BOV:IBOV) fechou a sessão dessa quarta-feira (01/10) com uma queda de 0,49%, alcançando 145.517 pontos. Essa marca representa a segunda baixa consecutiva do índice, influenciada por pressões no setor financeiro e pela expectativa em torno da votação do projeto que visa isentar do Imposto de Renda os indivíduos que recebem até R$5 mil mensais. O volume negociado somou R$15,3 bilhões, superior à média móvel dos últimos 50 pregões, que é de R$14,7 bilhões. O contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) acompanhou essa tendência, refletindo a cautela dos investidores em função das incertezas em relação ao cenário fiscal.
Contexto Econômico
O dia foi marcado por um clima de nervosismo em relação ao risco fiscal, com especial atenção para a votação do projeto de isenção do Imposto de Renda. As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mencionou a inclusão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no texto, juntamente com a revisão do Plano Anual de Financiamento do Tesouro, impactaram o sentimento dos investidores. No cenário internacional, os rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos e a queda dos preços do minério de ferro na China tiveram efeito direto sobre os ativos brasileiros. Além disso, há expectativa para a reunião da Opep+ que ocorrerá no fim de semana, que abordará questões relacionadas à produção de petróleo. O dólar futuro (BMF:DOLFUT | BMF:WDOFUT) teve um aumento de 0,17%, enquanto o índice do Dólar (CCOM:DXY) registrou uma leve queda de 0,09%, situando-se em 97,7 pontos.
Análise dos Papéis
Entre as ações que mais se destacaram no volume de negociações, Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) teve uma queda de 1,81%, B3 (BOV:B3SA3) recuou 2,31% e Bradesco (BOV:BBDC4) perdeu 1,70%. Esses papéis foram pressionados pelo fluxo negativo de ordens de venda de investidores estrangeiros no setor financeiro. Em relação às maiores quedas percentuais, as ações da Vamos (BOV:VAMO3) desvalorizaram-se em 4,06%, devido ao setor de locação de caminhões e máquinas, seguidas pela CVC (BOV:CVCB3) que teve uma diminuição de 3,59% no setor de turismo e viagens, e Ultrapar (BOV:UGPA3), que recuou 3,46%, afetada por suas operações nas áreas de postos Ipiranga, Ultragaz e Oxiteno.
Na contramão, o GPA (BOV:PCAR3) destacou-se com uma valorização de 5,28%, refletindo seu desempenho positivo no varejo alimentar, incluindo as marcas Pão de Açúcar e Extra. Braskem (BOV:BRKM5) também apresentou um bom desempenho, avançando 4,57%, enquanto CSN (BOV:CSNA3) teve um aumento de 3,92% em seus papéis, devido às suas operações em siderurgia, mineração e logística.
Mercado de Juros Futuros
Nos juros futuros (BMF:DI1FUT), os vértices encerraram a sessão com quedas que atingiram até 4,5 pontos-base, acompanhando a diminuição dos yields norte-americanos. A parte longa da curva foi responsável por puxar essas variações para baixo, refletindo a cautela com respeito ao cenário fiscal brasileiro e os impactos do projeto de isenção do Imposto de Renda. Entre os contratos que tiveram maior atividade nas negociações, destacaram-se os DIs com vencimento em 2027 e 2029, enquanto os contratos de curto prazo mostraram menor oscilação.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
---|---|---|---|
01/10/2025 | -0,49% | 145.517,35 | R$ 23,0 bilhões |
Destaques Corporativos
Americanas (AMER3)
A Americanas S.A., que está em processo de recuperação judicial, comunicou na terça-feira (30/09) que aceitou uma proposta vinculante da Fan Store Entretenimento, conhecida como BandUP!, para a aquisição da Uni.Co por um valor de R$ 152,9 milhões. Essa venda está sujeita a um processo competitivo, onde a BandUP! terá o direito exclusivo de cobrir eventuais ofertas superiores.
Azul (AZUL4)
A companhia Azul anunciou nessa quarta-feira (01/10) que seu Ebitda ajustado em agosto foi de R$ 664,9 milhões, o que representa uma queda de 6,2% em comparação a julho, que registrou R$ 709 milhões. A receita líquida também acompanhou essa tendência, reduzindo-se em 6,3%, totalizando R$ 1,889 bilhão, frente aos R$ 2,016 bilhões registrados no mês anterior.
Braskem (BRKM5)
No que diz respeito à venda do controle da Braskem, novos avanços ocorreram nesta quarta-feira (01/10). O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, por unanimidade e sem restrições, a venda da NSP Investimentos, a qual é uma subsidiária da Novonor que possui 50,1% do capital votante da petroquímica, para um fundo relacionado ao empresário Nelson Tanure.
Dasa (DASA3)
A Dasa anunciou a assinatura de dois contratos definitivos para a venda da Diagnóstico Maipú por Imagens e Medical Investment, que é uma operação de diagnósticos localizada na Argentina, e da Mantris, uma subsidiária focada em medicina ocupacional e gestão integrada de saúde. O valor total dessas transações foi de R$ 704,8 milhões.
Moura Dubeux (MDNE3)
A Moura Dubeux Engenharia divulgou, na segunda-feira (30/09), sua prévia operacional do terceiro trimestre de 2025, reportando vendas líquidas de R$ 1,1 bilhão, um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi sustentado por lançamentos que totalizaram R$ 1,3 bilhão, representando um aumento de 21,9% em relação ao ano anterior.
Pague Menos (PGMN3)
A rede de farmácias Pague Menos anunciou que seu conselho de administração aprovou o preço de emissão de R$ 3,50 por ação em sua nova oferta pública, com o objetivo de levantar R$ 140 milhões para reforço de capital de giro. A operação envolve a emissão de 40 milhões de ações, o que elevará o capital social da empresa para R$ 2,03 bilhões, distribuído em cerca de 662,7 milhões de ações.
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras comunicou a assinatura de um contrato bilionário com a Elea Digital, com valor total de R$ 2,3 bilhões, destinado à prestação de serviços de datacenter colocation. Este contrato terá uma duração de 17 anos e contempla a hospedagem de equipamentos, aplicações críticas e soluções de computação de alto desempenho.
PetroReconcavo (RECV3)
A PetroReconcavo anunciou a conclusão da aquisição de 50% dos ativos de midstream de gás natural localizados no estado do Rio Grande do Norte (RN), que pertenciam à 3R Potiguar, uma subsidiária da Brava Energia.
Fonte: br.-.com