Os índices de ações das bolsas ocidentais apresentam altas moderadas nesta manhã, enquanto os investidores aguardam declarações de diretores do Federal Reserve, à luz da probabilidade crescente de mais dois cortes na taxa de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.
Na véspera, o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou que, embora o Banco Central americano esteja adotando uma postura cautelosa em relação ao futuro, a “névoa” de dados resultante da paralisação do governo provavelmente não o impedirá de promover uma flexibilização adicional na política monetária em outubro, conforme informado pelo CIBC.
Além disso, a tensão comercial entre Estados Unidos e China continua a ser um ponto focal. Ontem, o presidente americano, Donald Trump, declarou que o país está “em uma guerra comercial com a China”.
Neste contexto, o principal índice da B3 pode refletir um tom positivo em relação ao que se observa no exterior, embora as preocupações sobre a condução das contas públicas ainda persistam. Além disso, há sinais mistos nas commodities nesta manhã – com o minério de ferro apresentando uma queda de 0,90% e o petróleo registrando uma alta de 0,40%.
No segmento de câmbio, o dólar encontra-se em baixa em relação a outras moedas de economias desenvolvidas, prolongando as perdas recentes. Em comparação ao real, a moeda americana opera com uma queda de 0,23%, cotada a R$ 5,45 na venda.
Ibovespa futuro: principais tópicos desta quinta-feira (16)
IBC-Br de agosto mostra avanço abaixo das expectativas
O IBC-Br, um indicador conhecido como prévia do PIB, registrou um aumento de 0,40% em agosto em comparação a julho, na série ajustada sazonalmente. Este indicador do Banco Central ficou abaixo da mediana das previsões do mercado, que era de 0,70%, com projeções variando desde uma queda de 0,30% até uma alta de 1,10%. Na análise em relação ao ano anterior, o IBC-Br avançou 0,12% em agosto frente ao mesmo mês de 2024.
Preocupações sobre a sustentabilidade fiscal permanecem no Brasil
O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu, na data de ontem, a decisão que estabelecia o centro da meta fiscal como base para o contingenciamento de despesas. Além disso, permanecem incertezas acerca de como o governo pretende compensar a revogação da Medida Provisória, buscando alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou algumas propostas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última sessão, incluindo medidas que já estavam contidas na Medida Provisória, mas que poderão ser reapresentadas na forma de projetos de lei.
O foco das atenções também se volta para o diálogo que acontece entre Brasil e Estados Unidos em relação ao aumento de tarifas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reunirá na tarde de hoje com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington.
Esses dados e outros fatores permanecem em foco para os investidores e podem influenciar as transações na bolsa de valores brasileira, afetando o desempenho do índice Ibovespa futuro.
Fonte: einvestidor.estadao.com.br
