Ibovespa (IBOV) aumenta com restrições ao petróleo russo e intensificação do conflito na Ucrânia; 5 pontos importantes antes de investir hoje (23).

As tensões geopolíticas tornaram-se mais uma vez o foco do mercado nesta quinta-feira, dia 23, e o Ibovespa (IBOV) reflete a crescente aversão ao risco no cenário global. As atenções estão voltadas para o conflito entre Rússia e Ucrânia, além das sanções aplicadas ao petróleo russo. No Brasil, o mercado ainda aguarda o anúncio de um novo pacote fiscal.

Por volta das 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira apresentava uma alta de 0,85%, alcançando os 146.102,28 pontos.

O dólar à vista realiza operações em queda em relação ao real, contradizendo o desempenho da moeda no exterior e sendo favorecido pela valorização do petróleo. No mesmo horário, a cotação da moeda norte-americana caía para R$ 5,3822 (-0,26%).

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Day Trade:

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta-feira (23)

1 – Quarto mandato de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que será candidato à reeleição no próximo ano, almejando conquistar um quarto mandato. A declaração foi feita durante uma visita à Indonésia, na presença do presidente indonésio, Prabowo Subianto.

“Eu vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando tinha 30 anos. E vou disputar um quarto mandato no Brasil”, afirmou Lula ao se dirigir ao líder indonésio.

“Esse meu mandato só termina em 2026, no final do ano. Mas estou preparado para disputar outras eleições e tentar fazer com que a relação entre Indonésia e Brasil seja uma relação, sabe, por demais valorosa”, acrescentou.

Lula, que completará 80 anos na próxima semana, lançará sua candidatura à presidência pela sétima vez no próximo ano, após ter participado das disputas em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2022, vencendo as três últimas. Até o momento, não há informações claras sobre quem será o principal adversário do petista nas eleições do próximo ano.

2 – Banco Central “incomodado”

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária está “bastante incomodada” com a inflação e as expectativas que permanecem fora da meta no Brasil, embora haja um processo de desinflação que ocorre de forma rápida.

“A inflação e as expectativas permanecem fora do que é a meta, e isso é um ponto de bastante incômodo para o Banco Central. Contudo, estamos lidando com uma inflação que está em um processo de redução e que deve retornar à meta, em função de um Banco Central que tem se mostrado diligente e tempestivo no combate a qualquer tipo de processo inflacionário”, declarou Galípolo durante uma apresentação no Fórum Econômico Indonésia-Brasil, realizado em Jacarta.

Apesar de suas considerações sobre a inflação, ele não forneceu previsões sobre quando se espera que os índices atinjam a meta, que é de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual. O último Boletim Focus indicou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar este ano com um avanço de 4,70%, de acordo com a mediana das projeções realizadas por especialistas consultados.

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3 – Segunda maior paralisação da história dos EUA

A paralisação (shutdown) da administração pública dos Estados Unidos entrou em seu 23º dia, o que a transforma na segunda maior paralisação da história recente do país. O recorde anterior foi registrado em 2018, quando o shutdown durou 34 dias. Na ocasião, o Congresso havia aprovado projetos de lei orçamentários que garantiram recursos para manter parte substancial do governo funcionando.

Diferentemente daquela situação, até agora nenhuma proposta foi aprovada para assegurar o funcionamento do governo. No dia 22 de setembro, os democratas bloquearam novamente o projeto de lei de financiamento temporário do governo apresentado pelos republicanos no Senado.

4 – Tensão entre Rússia e Ucrânia

No dia 22 de setembro, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou que novas sanções “substanciais e potentes” contra a Rússia seriam reveladas em breve durante uma entrevista à Fox Business, referindo-se a essas sanções como “uma das maiores já aplicadas pelos EUA à Rússia”.

Na mesma data, o Departamento do Tesouro impôs novas sanções às duas maiores empresas petrolíferas da Rússia, Lukoil e Rosneft, citando “a falta de comprometimento sério da Rússia com o processo de paz para acabar com a guerra na Ucrânia”.

O órgão também declarou que estava preparado para tomar medidas adicionais, chamando Moscou a concordar imediatamente com um cessar-fogo na guerra que se iniciou em fevereiro de 2022.

“Dada a recusa do presidente Putin em encerrar essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas principais empresas petrolíferas da Rússia, que financiam a máquina de guerra do Kremlin”, declarou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em um comunicado oficial. “Incentivamos nossos aliados a se unir a nós e a se somar a essas sanções.”

Na noite do dia 22 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também cancelou uma reunião agendada com o presidente russo, Vladimir Putin, ocorrida durante um encontro com o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na Casa Branca.

5 – Aumento nos preços do petróleo

Em meio ao agravamento das tensões entre os Estados Unidos e a Rússia, e diante de novos ataques do Exército russo à Ucrânia, os preços do petróleo tiveram um aumento significativo de cerca de 5% nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, dia 23.

Por volta das 9h40, os contratos de petróleo Brent, referência no mercado internacional, para dezembro, registravam uma alta de 4,30%, alcançando US$ 62,28 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro também apresentavam uma valorização de 4,65%, a US$ 61,21 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.