Ibovespa tem queda superior a 1% devido a questões fiscais e se afasta dos recordes de Wall Street; dólar sobe para R$ 5,33.

Ibovespa tem queda superior a 1% devido a questões fiscais e se afasta dos recordes de Wall Street; dólar sobe para R$ 5,33.

by Ricardo Almeida
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Desempenho do Ibovespa

O Ibovespa (IBOV) registrou mais um dia negativo, refletindo a crescente preocupação dos investidores em relação ao cenário fiscal. A situação de paralisação do governo dos Estados Unidos também está entre os fatores que influenciam o mercado.

Neste dia, especificamente na terça-feira, 2 de outubro, o principal índice da bolsa brasileira fechou o pregão com uma queda de 1,08%, atingindo 143.949,64 pontos. Por outro lado, o dólar à vista (USBRL) terminou as negociações cotado a R$ 5,3395, apresentando uma alta de 0,20%.

No cenário local, os investidores demonstraram reação diante de novos rumores sobre uma possível proposta do governo federal para zerar as tarifas de ônibus em todo o país, conforme relatado pela reportagem do jornal Diário do Grande ABC. O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que iniciasse os estudos necessários para implementar esse programa ainda neste ano.

Além disso, o mercado também respondeu à aprovação de uma proposta que visa a isenção do Imposto de Renda (IR) para rendimentos de até R$ 5 mil. Os contribuintes com salários de até R$ 7,3 mil teriam um “desconto”, enquanto os “super-ricos” seriam alvo de uma nova taxação. Parte dos agentes financeiros expressou preocupação quanto ao impacto fiscal dessa medida e sua possível influência nas eleições de 2026.

Movimentações das Ações

Entre as ações listadas no Ibovespa, as ações domésticas, que são classificadas como cíclicas devido à sua sensibilidade a fatores macroeconômicos, como as taxas de juros, lideraram as perdas do índice, pressionadas pela alta dos juros futuros.

Em meio a uma atmosfera de cautela fiscal, as taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) registraram uma elevação de até 15 pontos-base em determinados vencimentos. No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,46%, com um aumento de 8 pontos-base em relação ao ajuste anterior, que ficou em 13,38%. A taxa para janeiro de 2029 apresentou um índice de 13,375%, diante do ajuste de 13,254% no pregão anterior.

As ações da GPA (PCAR3) lideraram as quedas, revertendo parte dos ganhos obtidos na véspera. Em contrapartida, Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) continuaram a apresentar valorização, destacando-se positivamente no índice. Os investidores mantiveram o foco nas revisões das projeções de investimentos e geração de caixa apresentadas durante o “Gerdau Investor Day 2025”, realizado na quarta-feira anterior, dia 1º de outubro.

Conforme a avaliação do BTG Pactual, a companhia optou por adotar uma abordagem disciplinada em resposta ao atual ciclo adverso. Assim, a Gerdau se destaca das tendências mais frágeis observadas no setor latino-americano, beneficiando-se da solidez de suas operações nos Estados Unidos e da redução do capex, segundo a análise dos analistas Leonardo Correo e Marcelo Arazi em relatório.

A ação que mais se destacou na ponta positiva do Ibovespa foi a da Marcopolo (POMO4). Entre os grandes nomes do índice, Petrobras (PETR4 e PETR3) acompanhou a nova inclinação negativa do petróleo, encerrando suas atividades com uma queda próxima a 1%. Em contraste, as ações da Vale (VALE3) mantiveram os ganhos da sessão anterior e registraram mais um dia de alta.

Panorama Internacional

Os índices de Wall Street encerraram a sessão em alta, alcançando níveis recordes, mesmo diante da paralisação do governo dos Estados Unidos, que teve início na quarta-feira, dia 1º. Nos primeiros minutos de negociação do dia, o S&P 500 estabeleceu sua máxima histórica, refletindo um momento de otimismo.

Ainda que haja expectativa de que a paralisação não se prolongue por muitas semanas, essa situação provavelmente adiara a divulgação de vários dados econômicos, incluindo o payroll, que estava agendado para o dia 3 de outubro. Em meio a esse contexto, as perspectivas de cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) continuaram a se manter próximas dos 100% nesta quinta-feira, dia 2 de outubro.

Na Europa, os principais índices observaram um fechamento majoritariamente em alta, impulsionados pelos setores de tecnologia e automóveis. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,53%, alcançando a marca de 567,60 pontos, uma nova máxima histórica.

Na Ásia, os índices também se mostraram em alta, com a reabertura das negociações na China após o feriado local. Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei do Japão subiu 0,87%; o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve um avanço de 1,61%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, registrou um aumento de 1,05%, atingindo um recorde de 854,25 pontos, impulsionado pela parceria entre Samsung e SK Hynix com a OpenAI para o fornecimento de chips de memória.

Fonte: www.moneytimes.com.br

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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