Estudo sobre Inadimplência no Brasil
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), em parceria com a FIA Business School, apresenta uma tendência de crescimento contínuo nos índices de inadimplência entre pessoas físicas no Brasil. De acordo com a pesquisa, a taxa de inadimplência relacionada a recursos livres deve atingir entre 6,2% e 6,8% em agosto de 2025, tendo uma média estimada de 6,5%. Este índice representa um aumento de 0,21 pontos percentuais se comparado ao último dado oficial divulgado pelo Banco Central, referente a junho de 2025.
Projeções Futuras
Para o mês de outubro, a projeção é de que o índice de inadimplência possa alcançar até 7,2% no cenário mais pessimista. O Prof. Dr. Claudio Felisoni, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, observa que “os dados confirmam o que era esperado: o ciclo longo de juros altos finalmente chegou com força total ao bolso do consumidor brasileiro”. Esta situação reflete a pressão econômica enfrentada pelas famílias, especialmente à medida que as taxas de juros continuam elevadas, impactando a capacidade de pagamento e levando a um aumento no número de pessoas inadimplentes.
Desdobramentos no Mercado
Além das estatísticas de inadimplência, a análise realizada pela VEJA Mercado destaca outros fatores que afetam diretamente o bolso dos consumidores brasileiros. As tendências do mercado financeiro e as alterações nas condições de crédito também desempenham papéis significativos na situação econômica atual, afetando tanto o comportamento de consumo quanto a saúde financeira das famílias.
Essas informações são cruciais para compreender o cenário econômico e suas implicações na vida cotidiana da população. Em um ambiente de incertezas econômicas, monitorar a inadimplência e entender suas causas pode ajudar tanto os consumidores quanto as instituições financeiras a se prepararem para os desafios que estão por vir.
O estudo do Ibevar e da FIA Business School lança luz sobre a necessidade de uma maior conscientização financeira e planejamento por parte dos consumidores, que enfrentam um futuro desvinculado das dívidas acumuladas e das altas taxas de juros. As instituições devem, portanto, considerar essa realidade ao elaborarem políticas e produtos que visem ajudar os consumidores em situação de vulnerabilidade financeira.