INPC diminui em agosto e apresenta um aumento de 5,05% em 12 meses.

INPC diminui em agosto e apresenta um aumento de 5,05% em 12 meses.

by Fernanda Lima
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Deflação do INPC em Agosto de 2024

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) encerrou o mês de agosto de 2024 com uma queda de -0,21%, marcando a primeira deflação desde o mês de agosto do ano anterior, quando registrou um recuo de -0,14%. Este movimento confirma uma tendência de desaceleração nos índices de preços: em fevereiro deste ano, o INPC havia alcançado 1,48% e, em julho, já apresentava uma redução para 0,21%. No acumulado de 12 meses, o INPC ficou em 5,05%, um valor que se mostra inferior aos 5,13% registrados nos 12 meses anteriores. Esses dados foram divulgados nesta terça-feira, dia 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Relevância do INPC

O INPC é amplamente utilizado como referência para ajustes salariais e também serve de base para a definição do salário mínimo, seguro-desemprego, benefícios sociais e o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O resultado do mês de novembro é especialmente decisivo para o cálculo do salário mínimo a ser implementado no ano seguinte. Da mesma forma, os números de dezembro têm um impacto direto sobre os benefícios previdenciários que são concedidos.

Principais Contribuições para a Queda do INPC

No mês de agosto, o grupo de habitação foi o principal responsável pela queda do índice, apresentando um recuo de -1,04%, que retirou -0,18 ponto percentual do INPC. Esse alívio foi em grande parte impulsionado pela redução nas tarifas de energia elétrica, que caiu em média 4,32%. Segundo o IBGE, esse efeito foi motivado pelo Bônus Itaipu, que é um desconto aplicado nas faturas de energia e que compensou a cobrança da bandeira tarifária vermelha 2, a qual adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

Além do grupo de habitação, o setor de alimentação também contribuiu para a deflação, com uma queda de -0,54% que impactou o índice em -0,13 ponto percentual. Esta foi a terceira redução consecutiva nos preços dos alimentos, oferecendo um alívio significativo para as famílias com menor renda.

Diferenças Entre INPC e IPCA

O INPC tem como foco as famílias cuja renda é de até cinco salários mínimos, diferindo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a medida oficial da inflação e avalia o impacto das variações de preços sobre famílias com rendimentos que vão de um a 40 salários mínimos. Na mesma divulgação de dados, o IBGE também informou que o IPCA registrou uma taxa de -0,11% em agosto.

Objetivo do INPC

O propósito do INPC, conforme salientado pelo IBGE, é promover a correção do poder de compra dos salários através da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população assalariada com menor rendimento. Os preços utilizados para este cálculo são coletados em dez regiões metropolitanas, assim como em Brasília e em capitais de estados, incluindo Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Impacto da Deflação no Mercado Financeiro

Para o mercado financeiro, a deflação observada no INPC reforça a percepção sobre a diminuição da pressão inflacionária no curto prazo. Essa dinâmica pode abrir espaço para discussões a respeito do ritmo da política monetária que está em vigor. Essa situação tende a impactar diretamente o desempenho do mercado de ações, do câmbio e também dos títulos públicos, à medida que os investidores ajustam suas expectativas com relação aos juros futuros e à inflação.

Perspectivas para os Próximos Meses

No contexto atual, a deflação registrada em agosto é um sinal de alívio relevante para o mercado, mas torna-se necessário continuar acompanhando a trajetória dos próximos meses. A avaliação será crucial para determinar se esse movimento é de caráter pontual ou se evidencia uma tendência mais prolongada de queda nos preços, o que pode ter implicações significativas para a economia e para os consumidores.

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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