Inter pode liderar com nova estrutura de crédito imobiliário, segundo análise do BofA.

Inter pode liderar com nova estrutura de crédito imobiliário, segundo análise do BofA.

by Ricardo Almeida
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Benefícios da Nova Estrutura de Crédito Imobiliário

O Bank of America (BofA) indica que o Inter (INBR32) e os bancos tradicionais são os principais favorecidos pela nova estrutura de crédito imobiliário, anunciada pelo governo federal na última sexta-feira (10).

Em uma análise detalhada, a instituição financeira ressalta que os bancos privados normalmente praticam taxas de juros inferiores ao novo teto definido em 12% ao ano. No caso do Inter, o crédito imobiliário representa aproximadamente 30% de sua carteira total. A avaliação do BofA também sugere que o novo modelo terá um impacto positivo, potencializando o crescimento dos prêmios emitidos pela Caixa Seguridade (CXSE3).

Entendendo as Mudanças

As novas medidas do governo visam responder ao cenário desafiador enfrentado pelas cadernetas de poupança. Essas contas, que registraram saídas de R$ 60 bilhões em 2023, resultaram em unificação de financiamento imobiliário mais restrito e oneroso, além de dificultarem construções para projetos que não estão vinculados ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Atualmente, a regulamentação exige que os bancos alocem 65% dos depósitos de poupança para o crédito imobiliário e mantenham 20% como reservas compulsórias no Banco Central (BC). Com a nova estrutura, essa reserva compulsória será reduzida imediatamente para 15%, diminuindo em 1,5 ponto percentual a cada ano até atingir zero.

De acordo com as expectativas do BC, a nova configuração deverá liberar até R$ 52 bilhões em crédito para o setor imobiliário nos próximos anos, com R$ 37 bilhões disponíveis imediatamente. O BofA acredita que essa mudança permitirá que o crédito continue a crescer em torno de 10%, ao contrário das previsões anteriores que indicavam uma desaceleração.

Teto para os Juros

O governo também estabeleceu que, a partir dessas novas diretrizes, 80% dos recursos do novo sistema serão direcionados para empréstimos vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH), enquanto os 20% restantes ficarão para empréstimos não vinculados, conhecidos como Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).

Além disso, o teto para o valor dos imóveis que podem ser financiados via SFH foi elevado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, mantendo-se o limite de juros em 12% ao ano. O BofA observou que o Santander é o único banco que opera com taxas superiores ao teto estabelecido, apresentando uma taxa de 12,4%. O Bradesco tem uma taxa de 11,9%, enquanto o Itaú aplica uma taxa de 11,5%.

No setor público, os números são mais baixos, com o Banco do Brasil cobrando aproximadamente 8,8% e a Caixa Econômica Federal apresentando uma taxa de 7,6%.

O Bank of America também observa que, no contexto atual, o Itaú é a instituição privada com a maior participação de mercado, batendo 11%, seguido pelo Bradesco com 8% e o Santander com 5%. No segmento público, a Caixa é a líder de mercado, com uma participação de 69%, enquanto o Banco do Brasil detém apenas 4%, principalmente devido ao seu foco prioritário em crédito rural.

Fonte: www.moneytimes.com.br

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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