IPCA-15 de Outubro: Análise dos Dados
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou um aumento de 0,18% em outubro, mostrando uma desaceleração de 0,30 ponto percentual em comparação a setembro, quando foi registrado um crescimento de 0,48%. Essas informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o índice revela um aumento total de 3,94%, enquanto que, nos últimos 12 meses, a taxa atingiu 4,94%, fato que representa uma queda em relação aos 5,32% observados no período anterior. Em outubro de 2024, a taxa foi de 0,54%.
Desempenho por Grupos de Produtos e Serviços
Ao considerar os nove grupos de produtos e serviços analisados, seis deles apresentaram alta durante o mês. O grupo que mais contribuiu para o aumento foi o de Transportes, que teve um crescimento de 0,41%, representando 0,08 ponto percentual do total. Esse desempenho foi impulsionado por fatores como a alta nos preços dos combustíveis, que subiram 1,16%, além das passagens aéreas, que registraram um aumento de 4,39%. Dentro deste grupo, o etanol teve um aumento de 3,09%, a gasolina subiu 0,99% e o óleo diesel, 0,01%. Por outro lado, o gás veicular apresentou uma baixa de 0,40%. Outras contribuições positivas vieram dos subitens ônibus urbano, que teve uma alta de 0,32%, e metrô, com um aumento de 0,03%.
Outros Grupos Importantes
O grupo de Despesas Pessoais também se destacou com um crescimento de 0,42%, especialmente devido ao aumento nos preços de cinema, teatro e concertos, que subiram 2,05%, além de pacotes turísticos que tiveram um crescimento de 1,97% e empregados domésticos, que aumentaram em 0,52%. Por outro lado, o grupo de Habitação passou por uma desaceleração significativa, caindo de 3,31% para 0,16%. Isso foi impactado pela diminuição no custo da energia elétrica residencial, que recuou 1,09%, em função do retorno da bandeira tarifária vermelha patamar 1. O gás de botijão apresentou um aumento de 1,44% e o aluguel residencial, 0,95%, fazendo parte das principais altas desse grupo.
Setores de Alimentação e Bebidas
No que diz respeito ao grupo de Alimentação e Bebidas, observou-se uma manutenção da trajetória de queda, com um recuo de 0,02% no custo geral. O segmento domiciliar, por sua vez, registrou uma diminuição de 0,10% pelo quinto mês consecutivo. Os produtos que mais pressionaram o índice foram a cebola, que teve uma queda de 7,65%, o ovo de galinha, com uma baixa de 3,01%, o arroz, que recuou 1,37%, e o leite longa vida, com uma queda de 1,00%. Em contrapartida, alguns produtos, como o óleo de soja e as frutas, apresentaram aumentos, com altas de 4,25% e 2,07%, respectivamente. O aumento registrado fora de casa foi moderado, marcando um crescimento de 0,19%, com uma desaceleração em lanches e refeições.
Análise Regional
A análise regional indica que, entre as onze áreas pesquisadas, sete apresentaram alta em outubro. A cidade de Goiânia liderou os aumentos, com um total de 1,30%, impulsionada principalmente pelos combustíveis, como o etanol, que aumentou 23,80%, e a gasolina, que teve um crescimento de 10,36%. Por outro lado, a cidade de Belém apresentou a maior queda, com uma redução de 0,14%, sendo influenciada pela diminuição nos preços do açaí, que recuou 6,77%, e do frango inteiro, que teve uma queda de 3,55%.
Metodologia de Cálculo do IPCA-15
O cálculo do IPCA-15 é baseado nos preços coletados entre os dias 16 de setembro e 13 de outubro de 2025, em comparação com o período anterior. Este índice abrange famílias com rendimentos que variam de 1 a 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do Brasil.
Perspectivas de Mercado
Com a desaceleração do IPCA-15, o mercado pode reforçar suas expectativas quanto à continuidade de uma política monetária mais flexível por parte do Banco Central. Esse cenário é corroborado pelo alívio no ritmo da inflação e a melhoria nas perspectivas inflacionárias no horizonte relevante. Apesar de não ter impacto direto sobre ativos específicos, esse dado fortalece o ambiente de estabilidade que tem sustentado a taxa de câmbio e os juros futuros nos últimos pregões, além de contribuir para o desempenho recente do contrato futuro de Ibovespa.
(ibge)
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Fonte: br.-.com
