Ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA)
As ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), frequentemente referida como CBA, tiveram um desempenho positivo na Bolsa nesta sexta-feira (5), apresentando um aumento significativo em meio a um ambiente propício para o apetite de risco que favorece o setor. O cenário é reforçado pela perspectiva otimista do Itaú BBA em relação à companhia. O banco estabeleceu um preço-alvo de R$ 6 para as ações ao final de 2026, o que implica uma valorização de 64% a partir do valor atual.
Desempenho no Pregão
As ações da CBA, que estão sendo negociadas fora do índice Ibovespa (IBOV), registraram uma alta de 7,40%, alcançando o preço de R$ 3,92 por volta das 15h30 (horário de Brasília). Este crescimento reflete a reação do mercado às informações recentemente divulgadas.
Análise do Itaú BBA
Analistas do Itaú BBA participaram de uma reunião virtual com o CEO da CBA, Luciano Alves, e investidores internacionais. Durante o encontro, o foco principal foram os desafios operacionais que a empresa enfrentou no segundo trimestre do ano e a dinâmica do mercado de alumínio. Em suas observações, a administração da CBA destacou que a maioria dos problemas operacionais do 2T25 foi resolvida, o que deve resultar em uma melhora gradual nos custos no futuro.
A instituição financeira acredita que a reação do mercado após a divulgação dos resultados do segundo trimestre foi exagerada e continua a ver uma assimetria positiva em relação à empresa, reforçando assim a sua recomendação de compra para as ações.
Expectativas e Resultados Econômicos
Em um relatório, o Itaú BBA mencionou que as questões operacionais estão sendo tratadas, com uma expectativa de melhoria nas despesas ao longo dos próximos trimestres. Além disso, a expectativa é que a liberação de capital de giro e as melhores condições operacionais resultem em uma geração positiva de FCF (Fluxo de Caixa Livre) no segundo semestre deste ano. Os analistas também observaram que o mercado de alumínio, tanto global quanto doméstico, apresenta uma dinâmica saudável; no entanto, ressaltaram que os prêmios na Europa estão sendo afetados pelas tarifas de importação dos Estados Unidos.
Resultados do 2T25 da CBA
No início do mês de agosto, a CBA divulgou um prejuízo de R$ 89 milhões, uma significativa reversão em relação ao lucro de R$ 193 milhões que foi obtido no mesmo período do ano anterior, 2024. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que é um indicador do desempenho operacional da empresa, foi ajustado para R$ 189 milhões no segundo trimestre, representando uma queda de 44% em comparação aos R$ 339 milhões registrados no 2T24.
Desempenho da Receita
Durante este período, a receita líquida da CBA apresentou uma retração de 3%, totalizando R$ 2 bilhões. Adicionalmente, o volume de vendas de alumínio por quilotonelada também caiu, registrando uma diminuição de 8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa combinação de fatores econômicos pode dificultar a recuperação da empresa no curto prazo, embora haja uma expectativa de que a situação melhore progressivamente conforme os desafios operacionais sejam ultrapassados.
As informações acima refletem um panorama atual da CBA e as expectativas do mercado em relação a suas operações e desempenho financeiro.