
No ano, o banco obteve um lucro de R$ 12,3 bilhões, crescimento de 18% em relação a 2023
O BTG Pactual (código BPAC11) finalizou o segundo trimestre de 2025 com um lucro líquido ajustado de R$ 4,2 bilhões, o que representa um crescimento impressionante de 42% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa informação foi divulgada em um relatório enviado ao mercado na terça-feira (12).
O indicador de Retorno sobre o Patrimônio (ROE), que avalia a rentabilidade em relação ao patrimônio líquido dos acionistas, alcançou 27,1% neste ano, refletindo uma melhoria de cinco pontos percentuais em relação a 2024.
Dessa forma, o BTG Pactual não apenas superou seus concorrentes, mas também se distanciou do Itaú (código ITUB4) no quesito de rentabilidade, que alcançou 23,3% neste trimestre.
Após uma queda significativa nos números do Banco do Brasil (código BBAS3), que finalizou o primeiro trimestre com um ROE de 15,8%, o BTG, junto com o Itaú, se destaca entre os poucos bancos que mantiveram a rentabilidade acima de 20%.
Para comparação, o Santander (código SANB11) apresenta um ROE de 16%, enquanto o Bradesco (código BBDC4), que está em processo de recuperação, ficou com 14,6%.
O crescimento do BTG Pactual é ainda mais notável considerando o ambiente econômico desafiador, caracterizado por taxas de juros elevadas em torno de 15%. O CEO do BTG, Roberto Sallouti, destacou: “Este resultado, obtido em um ambiente de mercado volátil e desafiador, reflete o sucesso do nosso modelo de negócios integrado, que é uma alavanca essencial para nosso crescimento, aliado a uma execução disciplinada e centrada em nossos clientes”.
Além disso, o trimestre marcou a maior receita já registrada pelo banco, totalizando R$ 8,3 bilhões, uma elevação de 38% em relação ao ano anterior. Este desempenho foi impulsionado por fortes resultados em todas as linhas de negócios e pelo contínuo crescimento da alavancagem operacional.
Destaques das operações do BTG
Durante o segundo trimestre, diversas áreas do BTG Pactual mostraram crescimento, com várias linhas de negócios atingindo recordes histórico.
O segmento de investment banking registrou receitas de R$ 782,1 milhões, representando um crescimento notável de 105,6% em relação ao trimestre anterior e uma expansão de 40,2% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Esse desempenho foi impulsionado por dois fatores principais:
- A forte contribuição de M&A (fusões e aquisições), onde transações significativas foram concluídas dentro do trimestre;
- A normalização nas condições do mercado, que possibilitou a recuperação dos volumes de DCM (Debt Capital Markets).
No setor de corporate lending, as receitas também atingiram um recorde, totalizando R$ 2.106,8 bilhões, um crescimento de 9% em relação ao trimestre e de 37,3% na comparação ano-a-ano.
O banco destacou a manutenção na expansão do seu portfólio, garantindo spreads saudáveis e uma alta qualidade dos ativos. A carteira de corporate lending & business banking cresceu 3,1% no trimestre, alcançando R$ 237,9 bilhões, representando um aumento de 22,1% em comparação ao ano anterior.
“O crescimento foi sustentado por uma originação diversificada, com spreads que se mantiveram estáveis e provisionamentos adequados”, afirmou o banco.
Ademais, o setor de sales & trading reportou uma receita recorde de R$ 1.913,0 bilhão, com um aumento de 45,8% em comparação ao trimestre anterior e de 37,9% em relação a 2024.
Os resultados desse segmento foram influenciados pelo aumento de operações realizadas pelos clientes, o que reafirma a resiliência da marca.
No campo de gestão, mesmo num mercado desafiador, a área de Asset Management conseguiu alcançar R$ 1,1 trilhão em ativos sob sua gestão e administração (AuM/AuA), um crescimento de 18% em relação ao segundo trimestre de 2024.
A captação líquida (NNM) da área foi de R$ 28 bilhões no trimestre, mesmo diante de um cenário de resgates na indústria de fundos. As receitas desse segmento somaram R$ 624 milhões, com um avanço de 13,9% no comparativo anual.
Por fim, nas operações de wealth management e personal banking, que cuidam da gestão de riquezas, o banco apresentou mais um trimestre recorde, sustentado por entradas líquidos orgânicas robustas. O resultado foi uma receita de R$ 1,2 bilhão, indicando um crescimento de 33,5% em relação ao ano anterior.
O índice de Basileia, que mede a saúde financeira do banco, encerrou o trimestre em 16,2%, enquanto o índice de cobertura de liquidez (LCR) ficou em 170,1%.