Crise Política na França com a Renúncia do Primeiro-Ministro
Renúncia do Primeiro-Ministro
Sebastien Lecornu, o novo Primeiro-Ministro da França, apresentou sua renúncia apenas algumas semanas após sua nomeação, levando o país a uma nova crise política. Lecornu se tornou o quinto Primeiro-Ministro francês em menos de dois anos, enfrentando a difícil tarefa de convencer o país e os investidores de que poderia unificar um parlamento dividido o suficiente para aprovar o orçamento de 2026.
Reação do Mercado
Com a aprovação do orçamento estatal agora em dúvida, os mercados franceses reagiram de forma significativa à notícia da renúncia. O rendimento do título do governo francês com vencimento em 30 anos, conhecido como OAT, alcançou um pico de um mês de 4,441%, antes de recuar ligeiramente. O rendimento do título benchmark de 10 anos subiu para um máximo de 10 dias, atingindo 3,5990%. Simultaneamente, o índice CAC 40 da França caiu 1,9%, e o euro desvalorizou 0,7% em relação ao dólar.
Contexto da Nomeação
Lecornu foi nomeado no início de setembro, em um contexto de agitação pública e insatisfação em relação à caótica situação política da França, após uma série de governos sucessivos que não conseguiram aprovar orçamentos que contemplassem cortes de gastos e aumentos de impostos.
Impacto da Renúncia
A renúncia de Lecornu acontece logo após a divulgação de um novo gabinete no domingo, que manteve a maioria dos figuras de destaque em seus postos e estava programado para realizar sua primeira reunião na segunda-feira. Agora, França enfrenta uma nova crise política que aumentará a pressão sobre o presidente Emmanuel Macron, que já viu a instalação de três governos minoritários que fracassaram.
Desafios Finais
Lecornu estava programado para fazer um discurso perante o parlamento, a Assembleia Nacional, na terça-feira, onde apresentaria o plano de ação de seu governo. Partidos de todas as partes do espectro político francês, bem como investidores e a Comissão Europeia em Bruxelas, observavam de perto os planos de Lecornu para enfrentar um déficit orçamentário de 5,8% em 2024. A dívida pública da França estava em 113% do PIB em 2024.
Ambos os níveis de déficit e dívida estão muito acima das regras da União Europeia, que exigem que os déficits individuais dos membros não ultrapassem 3% do PIB e que a dívida pública não exceda 60% da produção econômica.
Fonte: www.cnbc.com