Análise do Bradesco BBI sobre a Isa Energia (ISAE4)
O Bradesco BBI indicou que a disputa judicial envolvendo a Isa Energia (ISAE4) e a Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz) pode representar um fator relevante para a trajetória da empresa. Mesmo diante dessa possibilidade, a instituição financeira mantém sua classificação neutra, com um preço-alvo estimado em R$ 27, considerando os atuais R$ 24 por ação.
Potencial de Acordo e Valor Presente Líquido (VPL)
Conforme apontado pelos analistas, um possível acordo entre a Isa Energia e o governo estadual poderia resultar em um valor presente líquido (VPL) adicional que varia entre 10% e 30% do valor de mercado da companhia. Esse potencial ainda não está incluído nas previsões atuais do banco.
Crédito Judicial e Litígios
A Isa Energia enfrenta um crédito judicial que oscila entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões, considerando ajustes por inflação e juros. As tratativas com o governo paulista estão progredindo em meio a um litígio que se estende por mais de 20 anos.
Incentivos para um Acordo
Os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França ressaltaram que tanto a Isa Energia quanto o governo de São Paulo têm motivos para buscar um acordo, visto que uma eventual derrota judicial poderia causar um impacto financeiro significativo para o estado.
Expectativas do Mercado
Ainda assim, o BBI observa que o mercado atualmente atribui uma probabilidade bastante reduzida para um desfecho favorável à Isa Energia. No contexto atual, as ações da empresa estão sendo negociadas com uma taxa interna de retorno (TIR) implícita real de 9,2%. Isso representa um spread de 1,8 ponto percentual em relação ao rendimento real das NTN-Bs de longo prazo, um patamar competitivo quando comparado aos 9,3% da Equatorial e 9,5% da Energisa.
Alternativa de Investimento
O banco destaca que a Isa Energia pode ser uma boa opção para investidores que buscam uma alternativa defensiva, apresentando um dividend yield de 7% e uma relação risco-retorno atrativa, conforme critérios de investimento mais conservadores.
Fonte: www.moneytimes.com.br