Debêntures Incentivadas Atingem R$ 88,8 Bilhões em 2025
As ofertas de debêntures incentivadas totalizaram R$ 88,8 bilhões nos primeiros sete meses de 2025, apresentando um aumento de 6,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da ANBIMA.
Desempenho Mensal em Julho
No mês de julho, as empresas conseguiram captar aproximadamente R$ 14,3 bilhões por meio desse instrumento financeiro, que representa o segundo maior volume mensal registrado no ano. Esse valor fica atrás apenas do mês de março, quando foram arrecadados R$ 19,5 bilhões.
Setores com Maior Participação nas Captações
Os setores que se destacaram nas captações em 2025 foram:
- Energia elétrica: 37%
- Transporte e logística: 31,6%
- Saneamento: 8,7%
- Telecomunicações: 6,3%
Além disso, o prazo médio de vencimento dos papéis chegou a 12,6 anos, significativamente acima da média de 5,2 anos observada nas debêntures corporativas, que não possuem benefício fiscal.
Total de Emissões de Debêntures em 2025
Debêntures com e sem Benefício Fiscal
O total das emissões de debêntures, abrangendo tanto as que possuem incentivo quanto as que não têm, alcançou R$ 239 bilhões em 2025. Este número representa uma queda de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os recursos captados têm sido direcionados, em sua maioria, para investimentos em infraestrutura (37,2%) e pagamento de dívidas (25,7%).
Impacto da Corrida Tributária no Mercado de Renda Fixa
Um relatório recente da Moody’s revelou que o mercado de renda fixa tem intensificado as emissões como resultado das discussões em torno das mudanças na tributação do setor. Este movimento está atrelado a uma Medida Provisória que ainda não foi aprovada e que permanece inativa no Congresso. A proposta prevê a taxação de títulos atualmente isentos, como as debêntures incentivadas, com uma alíquota de 5% sobre os ganhos de títulos emitidos a partir de 2026.
Na prática, diversas empresas têm se apressado em antecipar suas operações para assegurar os benefícios previstos pelo regime atual. Segundo a agência de classificação de risco, essa tendência deve persistir até o final de 2025.
