Petrobras enfrenta volatilidade: PETR4 em alta, PETR3 em queda e ADR mantendo estabilidade.

Petrobras enfrenta volatilidade: PETR4 em alta, PETR3 em queda e ADR mantendo estabilidade.

by Ricardo Almeida
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Com produção recorde no 3T25 e preços do petróleo em leve recuperação, ações da estatal brasileira mostram resiliência, mas expectativas de dividendos menores pesam no humor dos investidores

Em um pregão marcado por cautela global nesta quarta-feira, 29 de outubro, as ações da Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) tiveram um desempenho misto na B3 e na NYSE, refletindo a dinâmica volátil do mercado de commodities e as expectativas em torno dos resultados do terceiro trimestre. As ações preferenciais, identificadas como PETR4, encerraram o dia com uma leve alta de 0,20%, cotadas a R$ 30,05. Por outro lado, as ações ordinárias PETR3 recuaram 0,38%, situando-se a R$ 31,88, com volumes robustos de 24,8 milhões e 9,6 milhões de ações transacionadas, respectivamente. Essa situação sugere uma expressão de preferência do mercado por papéis que apresentam maior liquidez e são focados em dividendos, em meio a um Ibovespa que testou novas máximas históricas.

Em comparação, as ADRs da Petrobras na NYSE também demonstraram um comportamento dividido: a PBR teve um avanço modesto de 0,17%, alcançando US$ 11,89, com um volume elevado de 23,1 milhões de ações, enquanto a PBR.A, que corresponde às ações ordinárias, registrou uma leve queda de 0,09%, fechando a US$ 11,20, negociada em 6,2 milhões de unidades. Essa estabilidade relativa nas ADRs contrasta com a volatilidade observada no mercado doméstico, que é impulsionado por fluxos internacionais buscando exposição a mercados emergentes, mas que ainda enfrenta riscos geopolíticos e fiscais no Brasil.

Ao se examinar a comparação com os preços do petróleo, nota-se uma correlação positiva, porém não linear, para a Petrobras nesta data. O petróleo WTI subiu 0,80%, atingindo US$ 60,625 por barril, enquanto o óleo Brent ganhou 0,88%, alcançando US$ 64,425. Esses aumentos foram impulsionados por estoques menores nos EUA e um otimismo renovado em relação às negociações comerciais entre os EUA e a China. Apesar da leve recuperação nos preços do petróleo, esses ganhos modestos ajudaram a sustentar a PETR4, mas não foram suficientes para evitar a pressão vendedora nas ações PETR3, que são mais suscetíveis a preocupações relacionadas à governança e à regulação local.

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Produção e Perspectivas

Um dos principais impulsionadores do desempenho da Petrobras nessa quarta-feira foi o anúncio de produção recorde no terceiro trimestre de 2025, com uma média de 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia, registrando um aumento de 17,3% em comparação ao mesmo período de 2024. Esse marco, que foi impulsionado pela eficiência nos campos de Tupi e Búzios, reacendeu o otimismo entre os analistas, que vislumbram um potencial de exportações recorde de 814 mil barris por dia, com foco na Ásia. No entanto, essa notícia foi acompanhada de expectativas de dividendos menores para 2025, com projeções de yield entre 11% e 14% pelo Itaú BBA e XP, valores que estão abaixo dos picos observados em 2024. Essa queda nas expectativas de dividendos pode contribuir para a seletividade entre os investidores.

Além de aumentar a produção, a estatal avançou em sua agenda estratégica ao obter a licença do Ibama para exploração na Margem Equatorial, um projeto controverso que, segundo a presidente Magda Chambriard, pode agregar R$ 1 trilhão à economia brasileira até 2033. Essa aprovação gerou debates em torno de questões ambientais, mas fortaleceu a visão de longo prazo da companhia, que prevê investimentos de US$ 110 bilhões entre 2025 e 2029, priorizando ações no setor upstream. Em paralelo, as negociações com a SBM para novas plataformas e um plano de demissão voluntária para mil funcionários sinalizam não apenas eficiência operacional, mas também alertas sobre custos e a necessidade de transição energética.

Comparação com Concorrentes Internacionais

Quando comparada a seus pares internacionais no setor de óleo e gás, a Petrobras apresentou um desempenho misto, superando algumas grandes empresas em resiliência, mas ficando atrás de outras. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) teve uma performance notável, com uma alta de 1,41%, alcançando US$ 116,65, beneficiada por sua dominância no Permian Basin e recompra de ações na ordem de US$ 20 bilhões anuais. A Chevron (NYSE:CVX) seguiu na mesma linha, avançando 0,81% para US$ 155,375, impulsionada pela integração da Hess e pela redução de seus investimentos em capital em US$ 2 bilhões para 2025. A Shell (NYSE:SHEL) subiu 0,64% para US$ 75,55, enquanto a TotalEnergies (NYSE:TTE) viu um aumento de 0,26%, alcançando US$ 62,22. Todas estas empresas apresentaram yields estáveis que variam entre 4% e 5%, contrastando com os 11% a 14% projetados para a Petrobras, embora estas também enfrentem menor exposição a riscos provenientes de mercados emergentes.

A ConocoPhillips (NYSE:COP), com um foco mais voltado para upstream, teve um ganho modesto de 0,64%, situando-se a US$ 87,3463, similar ao movimento da PBR, enquanto a Equinor (NYSE:EQNR) teve um desempenho superior, subindo 0,79% para US$ 24,28, favorecida pela diversificação em energias renováveis. Na Europa, a ENI (BIT:E) esteve praticamente estável, registrando um progresso de apenas 0,05%, atingindo € 37,14, enquanto a BP (NYSE:BP) avançou 0,64% para US$ 35,20 na NYSE, com sua contraparte na London Stock Exchange (LSE:BP) subindo 1,81% para £ 441,55. Portanto, a Petrobras mostrou um desempenho melhor que a ENI e em linha com a BP e a Conoco, mas perdeu para a Exxon, Chevron e Equinor, que contam com balanços financeiros mais robustos e enfrentam menor interferência governamental.

  • Produção Recorde: Aumento de 17,3% no 3T25 reitera otimismo em relação às exportações.
  • Margem Equatorial: Licença do Ibama abre potencial de R$ 1 trilhão em receitas até 2033.
  • Dividendos: Yield projetado de 11% a 14%, abaixo do verificado em 2024, afetando PETR3.
  • Petróleo em Alta: WTI subiu 0,80% e Brent subiu 0,88%, ajudando a sustentar PETR4.
  • Eficiência Operacional: Programa de demissão voluntária para mil funcionários e novo plano de investimentos de US$ 110 bilhões.

Para aqueles que estão observando o setor de energia, o dia da Petrobras reafirma sua posição como uma opção de alto rendimento em commodities, apesar da volatilidade intrínseca associada a mercados emergentes. Investidores da B3 e NYSE devem se atentar aos resultados do terceiro trimestre, que estão previstos para serem divulgados no dia 6 de novembro e podem influenciar significativamente os movimentos de mercado.

Análise Técnica Petrobras – PETR4

Após o pregão da terça-feira, 29 de outubro, as ações da Petrobras (BOV:PETR4) fecharam cotadas a R$ 30,05, com uma alta de 0,20%. Durante o dia, o ativo oscilou entre R$ 28,86 e R$ 30,16, mantendo-se abaixo da resistência técnica em R$ 30,35. A formação de candlestick do dia anterior sugeriu padrões de reversão altista, incluindo a “Linha de Confiança” e “Fundo Único de Três Rios”, o que sinaliza uma possível retomada de força compradora. Porém, os indicadores técnicos permanecem mistos: apenas três dos treze analisados sinalizam alta, enquanto outros três apontam baixa e sete seguem neutros, refletindo um cenário de indefinição no curto prazo.

A análise dos níveis de suporte e resistência indica que a PETR4 está em uma zona crítica. Se o ativo romper a resistência de R$ 30,35, poderá buscar novos alvos em R$ 30,72 e R$ 31,08, podendo chegar até R$ 32,94 em movimentações mais amplas. Em contrapartida, caso perca o suporte em R$ 29,69, o papel pode testar os valores de R$ 29,47 e R$ 29,31, com um risco de queda até R$ 28,57. O volume negociado de R$ 746 milhões reforça o interesse institucional, mas o campo de tendência ainda é neutro, exigindo cautela por parte dos investidores.

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As análises técnicas apresentadas neste artigo foram realizadas por meio da ferramenta Scanner -, uma plataforma avançada que fornece acompanhamento em tempo real do comportamento das ações, possibilitando a identificação de padrões de candlestick, suporte e resistência, bem como a interpretação de diversos indicadores técnicos de maneira prática e confiável. Utilizando o Scanner -, os investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, além de facilitar a comparação entre diferentes períodos e ativos, proporcionando uma visão abrangente do mercado de ações e tornando a análise acessível tanto para iniciantes quanto para profissionais experientes.

Possíveis estratégias de trade com PETR4 para quinta-feira, 30 de outubro.

Para o pregão de quinta-feira, 30 de outubro, os traders devem observar com atenção o comportamento da PETR4 em relação à resistência de R$ 30,35. Um rompimento com volume acima da média pode configurar uma entrada compradora, com alvo em R$ 30,72 e stop abaixo de R$ 29,90. A apresentação de padrões altistas recentemente reforça essa possibilidade, embora a maioria dos indicadores ainda não esteja totalmente alinhada.

Por outro lado, caso o ativo não consiga romper a resistência e venha a perder o suporte de R$ 29,69, estratégias de venda podem ser consideradas, tendo como alvos os níveis de R$ 29,47 e R$ 29,31. A recomendação é o uso de stops curtos, visto o cenário técnico neutro e a falta de um sinal claro de reversão em indicadores chave. O Parabólico SAR e a média móvel de cinco períodos sugerem um viés altista, mas o HILO e o momento negativo exigem atenção redobrada. O dia se apresenta como decisivo para definir a direção do papel.

Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo tem caráter exclusivamente informativo e educacional, sendo baseada em dados extraídos da ferramenta Scanner -. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos; decisões devem ser tomadas a partir de uma avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A – e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes provenientes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.

Fonte: br.-.com

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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