Ações da estatal avançam na B3 e em Nova York, mesmo com leve queda do petróleo. Programa de demissão voluntária e expectativa por balanço impulsionam o papel.
A Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) fechou a segunda-feira (03/11) em alta nas bolsas de valores, contribuindo para que o Ibovespa alcançasse um novo recorde histórico, ultrapassando a marca de 150 mil pontos. O desempenho positivo da petroleira ocorreu mesmo diante de uma leve queda nos preços do petróleo, com os investidores reagindo de maneira otimista ao anúncio de um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV) e à expectativa de distribuição robusta de dividendos no balanço referente ao terceiro trimestre de 2025, que será apresentado na próxima quinta-feira (06/11).
No mercado da B3, as ações preferenciais PETR4 apresentaram uma valorização de 1,18%, sendo negociadas a R$ 30,10. Já as ações ordinárias PETR3 registraram uma alta de 0,89%, atingindo R$ 31,79. O bom desempenho dos títulos da estatal foi um dos principais fatores que impulsionaram a alta do Ibovespa, que ultrapassou a marca histórica dos 150 mil pontos, apoiado também pelo crescimento do setor de energia.
Na bolsa de valores de Nova York (NYSE), os American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras também fecharam em território positivo. As ações PBR subiram 1,72%, encerrando a sessão a US$ 11,84, enquanto as PBR.A avançaram 1,36%, para US$ 11,20, indicando que o otimismo em relação à estatal brasileira também afetou o mercado americano.
Apesar da valorização das ações, o mercado de petróleo enfrentou uma leve correção. O Petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) recuou 0,48%, sendo cotado a US$ 64,79, enquanto o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) caiu 0,56%, para US$ 60,89 por barril. A estabilidade nos preços da commodity reflete incertezas em relação às decisões da Opep+ sobre a produção, assim como a crescente oferta fora do cartel, especialmente nos Estados Unidos e no Brasil.
Fatores que influenciaram a Petrobras hoje
- Anúncio de um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV) com até 1.100 vagas, considerado positivo para a eficiência nos custos.
 - Expectativa por dividendos generosos previstos para o 3T25, com projeções que podem alcançar até R$ 1,02 por ação.
 - Decisão do STF que anulou a condenação de um ex-diretor da estatal, o que teve leve impacto político.
 - Estabilidade no preço do petróleo, que garante suporte aos ativos da companhia.
 - Perspectiva de forte geração de caixa e um guidance de custos favorável.
 
Os analistas ressaltaram que a expectativa positiva em relação ao papel está diretamente relacionada à combinação de fundamentos sólidos, margens elevadas e um potencial de distribuição de dividendos superior à média. De acordo com a XP Investimentos, o cenário em que o preço do Brent se mantém acima de US$ 65 por barril faz com que a Petrobras continue atrativa para investidores que buscam retorno através de proventos. O BTG Pactual também reforçou sua recomendação de compra, destacando a desalavancagem e a consistência operacional da empresa.
Em termos comparativos com outras petroleiras globais, a Petrobras foi destaque no pregão. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) apresentou uma queda de 0,42%, terminando a sessão a US$ 113,88, enquanto a Chevron (NYSE:CVX) recuou 2,26%, fechando a US$ 154,15, pressionada por ajustes relacionados à aquisição da Hess. Na Europa, a Shell (LSE:SHEL) caiu 0,71%, a TotalEnergies (EU:TTE) recuou 0,72%, e a ENI (TG:E) teve uma perda de 2,17%. Em contrapartida, a Equinor ASA (NYSE:EQNR) registrou uma leve alta de 0,13%, finalizando a US$ 23,99.
Esse comportamento reforça a percepção de que o mercado brasileiro permanece mais otimista no curto prazo em relação ao setor de energia, principalmente após a Petrobras sinalizar uma estabilidade na política de preços e avanços em investimentos destinados ao refino e à transição energética. A estatal continua a ser um dos principais motores do Ibovespa, tanto em termos de peso na carteira quanto pela atratividade oferecida em dividendos.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – – Intelligence. A AI se posiciona como a principal fornecedora de análises financeiras e pesquisas baseadas em Inteligência Artificial disponíveis no mercado.
Fonte: br.-.com
