Receita da Petrobras para Perfuração no Amapá
A Petrobras anunciou na segunda-feira, dia 20 de outubro, que obteve a licença de operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a realização da perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado na Margem Equatorial.
Localização e Detalhes da Perfuração
De acordo com informações fornecidas pela estatal, o poço em questão está situado em águas profundas do estado do Amapá, a uma distância de 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 175 quilômetros da costa. A sonda já se encontra na área do poço, e a perfuração está programada para ter início imediatamente, com uma duração prevista de cinco meses.
Objetivos da Exploração
Em comunicado, a Petrobras enfatizou que esta fase de exploração tem como objetivo a obtenção de informações geológicas e a avaliação da presença de petróleo e gás na região em questão em escala econômica. A empresa identificou que "não há produção de petróleo nessa fase".
Comentários de Autoridades
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, declarou que a aprovação do Ibama simboliza "o comprometimento das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país". Ela ressaltou os quase cinco anos de trabalho em parceria com governos e órgãos ambientais em diferentes níveis, municipais, estaduais e federais. Durante esse processo, a companhia conseguiu reforçar a solidez da estrutura de proteção ambiental que será aplicada durante a perfuração em águas profundas no Amapá.
Avanços no Licenciamento Ambiental
O avanço neste processo segue a sinalização do Ibama na semana anterior, que autorizou o prosseguimento do licenciamento para a perfuração na bacia do Foz do Amazonas, uma informação que havia sido antecipada pela CNN Brasil. Durante uma reunião com técnicos da Petrobras, representantes do Ibama trataram de questões que ainda estavam em aberto, que foram levantadas no último parecer do órgão, emitido em 24 de setembro. O Ibama confirmou que os esclarecimentos recebidos foram suficientes para o seguimento do processo licitatório.
Considerações do Ministro de Minas e Energia
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez observações sobre a importância estratégica da Margem Equatorial, afirmando que ela "representa o futuro da nossa soberania energética". Ele declarou: "O Brasil não pode abrir mão de conhecer seu potencial. Fizemos uma defesa firme e técnica para garantir que a exploração seja realizada com total responsabilidade ambiental, respeitando os mais altos padrões internacionais e proporcionando benefícios concretos para a população brasileira".
Impacto Econômico
Segundo informações do ministro, as estimativas para o ponto da Foz do Amazonas projetam investimentos em torno de R$ 300 bilhões e uma arrecadação estatal superior a R$ 1 trilhão nas próximas décadas, o que também pode gerar até 300 mil empregos diretos e indiretos no Brasil.
Licença Anterior Negada
É relevante mencionar que o Ibama já havia negado previamente a licença para a perfuração do bloco da Foz do Amazonas em julho de 2023. Na ocasião, o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, informou por meio de uma nota que havia "inconsistências" no projeto apresentado pela Petrobras.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
