"Prévia da inflação": IPCA-15 sofre redução de 0,14% em agosto, marcando o primeiro declínio do ano de 2023.

“Prévia da inflação”: IPCA-15 sofre redução de 0,14% em agosto, marcando o primeiro declínio do ano de 2023.

by Fernanda Lima
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IPCA-15 Apresenta Queda em Agosto

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), que serve como uma prévia da inflação, registrou uma queda de 0,14% em agosto, após um aumento de 0,33% no mês anterior. A informação foi divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (26).

Esse resultado representa o menor índice desde setembro de 2022, quando houve uma deflação de 0,37%, e marca a primeira queda do indicador desde julho de 2023, quando o IPCA-15 havia caído 0,07%.

A prévia da inflação de agosto apresentou uma diminuição menor do que a expectativa do mercado, que previa uma deflação entre 0,21% e 0,24%.

Acumulação Anual

No acumulado do ano, o IPCA-15 apresenta uma alta de 3,26% e, em um período de 12 meses, a inflação é de 4,95%, abaixo dos 5,30% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2024, o IPCA-15 foi de 0,19%.

Grupos que Impactaram a Queda

A variação negativa do índice foi liderada pelo grupo de Habitação, que teve uma queda de 4,93% na energia elétrica residencial, causando o maior impacto no índice deste mês, com uma contribuição de -0,20 pontos percentuais (p.p.).

Os grupos de Alimentação e bebidas e Transportes também apresentaram quedas em agosto, ambos com uma relevância significativa no IPCA-15, comparáveis ao grupo de Habitação.

A taxa atual ainda se encontra acima da meta oficial de 3% definida para o país. Em julho, o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, precisou encaminhar uma carta aberta ao ministério da Fazenda após o índice ultrapassar o teto da meta de inflação.

Habitação e Energia Elétrica

O Grupo de Habitação saiu de um aumento de 0,98% em julho para uma queda de 1,13% em agosto, sendo influenciado pela redução de 4,93% na energia elétrica.

Essa queda na energia é resultado da implementação do Bônus de Itaipu, mesmo com a bandeira tarifária vermelha patamar 2 em vigor, que adiciona R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Em julho, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1.

Em relação à Habitação, a taxa de água e esgoto aumentou 0,29%, refletindo um reajuste de 4,97% em Salvador, que entrou em vigor em 18 de julho. O gás encanado apresentou um aumento de 0,17%, com um reajuste de 6,41% nas tarifas em Curitiba e uma redução de 1,22% no Rio de Janeiro.

Alimentação e Bebidas

O grupo de Alimentação e bebidas registrou sua terceira queda consecutiva, com uma deflação de -0,53%, superando os resultados registrados em julho e junho.

Dentro da alimentação domiciliar, houve uma retração de 1,02% em agosto, impulsionada por quedas significativas nos preços de itens como manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%), arroz (-3,12%) e carnes (-0,94%).

A alimentação fora do domicílio, em contrapartida, apresentou um aumento de 0,71% em agosto, devido a uma alta no preço do lanche (1,44%) e uma elevação na refeição (0,40%).

Transportes

O grupo de Transportes, que também contribuiu para a queda do IPCA-15 em agosto, passou de um aumento de 0,67% em julho para uma queda de -0,47% no mês corrente.

Essa mudança foi influenciada pelas diminuições nos preços das passagens aéreas (-2,59%), dos automóveis novos (-1,32%) e da gasolina (-1,14%), conforme relatado pelo IBGE.

Dentro do subgrupo dos combustíveis, que apresentou uma queda de -1,18%, também houve reduções no preço do óleo diesel (-0,20%), gás veicular (-0,25%) e etanol (-1,98%).

Demais Grupos com Alta

Os grupos que mostraram aumento na prévia da inflação de agosto incluem Despesas pessoais, que acelerou para 1,09% neste mês, comparado a 0,25% em julho.

No grupo de Saúde e cuidados pessoais, a taxa passou de 0,21% para 0,64% entre julho e agosto. As principais contribuições vieram dos itens de higiene pessoal (1,07%) e do plano de saúde (0,51%).

O grupo de Educação variou 0,78% em agosto, refletindo o reajuste nos cursos regulares (0,80%), especialmente em relação ao ensino superior (1,24%) e ensino fundamental (0,68%).

Análise Regional

Regionalmente, São Paulo (0,13%) foi o único estado a apresentar variação positiva, resultado principalmente dos aumentos nos cursos regulares e produtos de higiene pessoal. Por outro lado, Belém teve o menor resultado, com -0,61%, influenciada pelas quedas nos preços da energia elétrica (-6,47%) e da gasolina (-2,75%).

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