IBC-Br apresenta queda em julho
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) registrou uma redução de 0,50% em julho, quando comparado ao mês anterior, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, dia 15.
Queda consecutiva do indicador
Esse resultado marca a terceira queda consecutiva do indicador, além de uma retração mais incisiva do que a previsão que havia sido estipulada em pesquisas anteriores. Economistas entrevistados pela Reuters esperavam uma contração de 0,2% para o mês.
Expectativa sobre a taxa Selic
Os dados foram divulgados na véspera do início da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central. A expectativa é de que os diretores optem pela manutenção da taxa Selic em 15%, em função das preocupações relacionadas às projeções e expectativas de inflação. O anúncio sobre as taxas de juros está agendado para ocorrer na quarta-feira, dia 17.
Desempenho dos setores econômicos
No mês de julho, o setor agropecuário apresentou uma queda de 0,8% em relação ao mês de junho, segundo os dados do Banco Central. O setor industrial observou uma redução de 1,1%, enquanto os serviços recuaram 0,2%.
Comparativo anual do IBC-Br
Quando analisado em comparação com julho do ano anterior, o IBC-Br teve um aumento de 1,1%, acumulando, ao longo de 12 meses, um crescimento de 3,5%, de acordo com os números não ajustados sazonalmente pelo Banco Central.
PIB e desaceleração econômica
No segundo trimestre deste ano, o PIB brasileiro já havia indicado uma clara desaceleração, conforme as informações apresentadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início deste mês. O crescimento foi de 0,4% em relação aos três meses anteriores, após um aumento de 1,3% verificado no primeiro trimestre.
Revisão de projeções
Na semana passada, o Ministério da Fazenda revelou que, dado que o resultado do período ficou abaixo de suas expectativas, o que se deve aos efeitos da política monetária restritiva sobre o crédito e a atividade econômica, estava revisando sua projeção de crescimento do PIB para este ano para 2,3%, uma queda em relação aos 2,5% previamente estimados em julho.
Mercado e previsões de crescimento do PIB
O mercado financeiro, por sua vez, estima um crescimento de 2,16% do PIB para o ano corrente, conforme o mais recente relatório Focus do Banco Central, que foi divulgado na manhã desta segunda-feira.
Análise do cenário econômico
Durante a última reunião sobre política monetária, realizada no final de julho, o Banco Central enfatizou que uma série de indicadores da atividade econômica tem mostrado certa moderação, conforme era esperado. No entanto, o BC salientou que o mercado de trabalho continua apresentando dinamismo, com taxas de desemprego atingindo recordes de baixa.
Considerações sobre a inflação
Por sua vez, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também destacou que a convergência da inflação está ocorrendo de maneira lenta, com as expectativas do mercado e as projeções do BC para a inflação ainda distantes da meta de 3% estipulada pelas autoridades.
Com informações da Reuters.