Quanto devo aplicar mensalmente para alcançar R$ 1 milhão até 2035, 2045 ou 2055?

O caminho para acumular R$ 1 milhão

O tempo necessário para que um investidor consiga acumular R$ 1 milhão depende principalmente de duas variáveis: os valores dos aportes mensais que podem ser feitos e o tipo de aplicação financeira escolhida. A disciplina é fundamental para qualquer estratégia de acumulação de patrimônio, assim como é essencial entender com precisão o montante que será requerido em cada prazo. Esse entendimento é o primeiro passo para transformar um objetivo financeiro em uma realidade tangível.

Jeff Patzlaff, um planejador financeiro especializado em investimentos, realizou cálculos dos aportes mensais que seriam necessários para alcançar a meta de R$ 1 milhão em prazos de 10, 20 e 30 anos. Essa simulação abrangeu quatro tipos diferentes de investimentos: Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, CDB com rentabilidade de 100% do CDI e Tesouro Prefixado.

De acordo com Patzlaff, a pressa pode ser um obstáculo, podendo levar a frustrações ao longo do processo. Ele recomenda que, para atingir o primeiro milhão, é necessário elaborar um planejamento financeiro adaptado à realidade de cada investidor. A seguir, são apresentadas as simulações considerando três prazos distintos.

Meta de R$ 1 milhão até 2035

Investimento Aporte mensal Valor líquido
Tesouro Selic R$ 3.825,16 R$ 931.147,16
Tesouro IPCA+ R$ 4.379,81 R$ 921.163,36
CDB 100% do CDI R$ 3.866,97 R$ 930.394,55
Tesouro Prefixado R$ 4.079,02 R$ 926.577,68

Meta de R$ 1 milhão até 2045

Investimento Aporte mensal Valor líquido
Tesouro Selic R$ 752,57 R$ 972.907,46
Tesouro IPCA+ R$ 1.028,39 R$ 962.977,81
CDB 100% do CDI R$ 771,77 R$ 972.216,26
Tesouro Prefixado R$ 873,15 R$ 968.566,55

Meta de R$ 1 milhão até 2055

Investimento Aporte mensal Valor líquido
Tesouro Selic R$ 175,85 R$ 990.503,91
Tesouro IPCA+ R$ 294,36 R$ 984.104,68
CDB 100% do CDI R$ 183,31 R$ 990.101,03
Tesouro Prefixado R$ 224,71 R$ 987.865,61

Orientações para uma preparação adequada ao investimento

Jeff Patzlaff destaca que ter disciplina e uma estratégia bem definida são cruciais para que o sonho de chegar ao primeiro milhão se torne um objetivo palpável. Entre as recomendações que ele oferece, estão:

  • Automatize seus investimentos: Essa prática ajuda a criar um hábito, garantindo que os aportes mensais sejam realizados de forma contínua, sem esforços excessivos.
  • Construa uma carteira diversificada e inteligente: É essencial montar uma carteira que realmente faça sentido para as metas e prazos do investidor, combinando diferentes tipos de ativos, como aqueles atrelados a taxa pós-fixada, prefixada e ao IPCA.
  • Mantenha o foco no horizonte de longo prazo: Patzlaff recomenda não se deixar abalar pelas variações mensais dos investimentos. Títulos como os prefixados e os atrelados ao IPCA podem sofrer oscilações de preço no curto prazo, mas o investidor que mantém suas aplicações até o vencimento receberá o rendimento acordado.
  • Faça uma revisão anual e ajuste o planejamento: Um plano de investimento não deve ser estático. Patzlaff sugere revisar os objetivos uma vez por ano. Se a renda do investidor aumentar, é aconselhável elevar o valor dos aportes. Por outro lado, se houver uma queda significativa nas taxas de juros, pode ser o momento ideal para rebalancear os ativos da carteira.

Compreendendo os diferentes tipos de investimento

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público cuja rentabilidade está diretamente ligada à taxa básica de juros da economia. Para a simulação realizada por Jeff Patzlaff, foi considerada a rentabilidade atual da Selic, que é de 15%, juntamente com um adicional de 0,1054%. Essa porcentagem extra é informada no momento do aporte.

Entre as características do Tesouro Selic estão a alta liquidez, permitindo o resgate dos fundos em um dia útil, e baixo risco, já que é garantido pelo Tesouro Nacional. Esse título é indicado para investidores que desejam guardar seus primeiros recursos de forma segura enquanto estudam outras opções. Além disso, manter uma quantia que pode ser retirada rapidamente ajuda a evitar retirar fundos de outras aplicações e, assim, preservar os ganhos.

Tesouro IPCA+

A rentabilidade do Tesouro IPCA+ é constituída por uma taxa de juros prefixada, que é determinada no momento da compra, acrescida da variação da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse formato assegura que o investidor obtenha um retorno real, ou seja, sempre acima da inflação.

É relevante ressaltar que, apesar da segurança oferecida pelo emissor, o preço do Tesouro IPCA+ pode oscilar diariamente no mercado secundário, um fenômeno conhecido como marcação a mercado. Caso o investidor precise vender o título antes do vencimento, poderá obter lucro ou prejuízo, dependendo das condições do mercado naquele momento. Por esse motivo, esse tipo de investimento é recomendado apenas para quem tem plena certeza de que poderá manter o capital aplicado até a data de vencimento.

CDB 100% do CDI

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) Pós-fixado é um instrumento de renda fixa emitido por instituições financeiras para captação de recursos. Sua rentabilidade está atrelada a um indicador econômico, geralmente o CDI, que possui taxas muito próximas da Selic.

Ao decidir por um CDB, é fundamental avaliar não apenas a porcentagem do CDI que ele oferece, mas também o prazo de liquidez do título, já que alguns produtos exigem que os recursos permaneçam investidos até o seu vencimento. Outros CDBs podem contar com liquidez diária, apresentando-se como uma alternativa para uma reserva de emergência.

Esses títulos são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que oferece segurança para valores de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira em caso de falência do banco emissor.

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado é um título público cujo rendimento é fixado no momento da aquisição. Por exemplo, ao comprar um título que remunera 12% ao ano, o investidor tem a certeza de que, na data de vencimento, receberá exatamente esse percentual, independentemente da variação da Selic ou da inflação durante a sua vigência. Essa previsibilidade é sua principal característica.

Assim como o Tesouro IPCA+, o Tesouro Prefixado também está sujeito à marcação a mercado. Caso o investidor decida vender o título antes do vencimento, seu preço poderá oscilar para cima ou para baixo, dependendo das condições dos juros no momento da venda. Este título tende a ser mais favorável em cenários de estabilidade ou queda nas taxas de juros, enquanto um aumento acentuado torna o título menos atrativo, pois novas aplicações acabarão oferecendo rendimentos mais elevados.

Fonte: borainvestir.b3.com.br

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