Rumo (RAIL3) tem queda após revisão de estimativas e redução de preço-alvo pelo Citi; confira os detalhes.

Rumo (RAIL3) tem queda após revisão de estimativas e redução de preço-alvo pelo Citi; confira os detalhes.

by Juliana Torres
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Desempenho das Ações da Rumo

Na ponta negativa do Ibovespa (IBOV), as ações da Rumo (RAIL3) registram uma das maiores quedas nesta segunda-feira (25).

Por volta das 14h30 (horário de Brasília), as ações RAIL3 apresentavam uma queda de 2,79%, sendo negociadas a R$ 14,65, ocupando a liderança das perdas entre as ações do principal índice da bolsa brasileira.

Revisão de Preço-alvo pelo Citi

A queda das ações acontece após o Citi ter revisado as projeções para a companhia. O banco cortou o preço-alvo de R$ 19,50 para R$ 16,50, o que ainda representa um potencial de valorização de 9,5% em relação ao preço de fechamento da última sexta-feira (22).

O novo preço-alvo considera os riscos relacionados à precificação de frete, e o Citi manteve a recomendação neutra. Filipe Nielsen, analista do banco, destacou que, apesar da redução significativa no preço-alvo, a valorização atual parece já refletir a maior parte desse cenário negativo.

Oferta e Demanda no Setor Logístico

De acordo com Filipe Nielsen, a oferta e a demanda do setor de logística têm se mostrado menos robustas do que o esperado. Esse cenário tem pressionado as tarifas de frete, mesmo com perspectivas promissoras para exportações neste ano.

Após a decepção com as tarifas no segundo trimestre de 2025 (2T25), o cenário sugere uma maior probabilidade de persistência de tarifas baixas no segundo semestre de 2025. Além disso, existem riscos de longo prazo que podem afetar o potencial de exportação de milho do Brasil, impactando ainda mais o poder de precificação da Rumo.

O analista aponta que, apesar da demanda chinesa por soja brasileira continuar oferecendo oportunidades para a Rumo no segundo semestre, as exportações de milho enfrentam “desafios mais profundos” em relação à dinâmica entre demanda e oferta.

A combinação de um aumento no consumo interno de milho, a diminuição do apetite da China por milho brasileiro, o risco de que a Europa aumente as importações de milho dos Estados Unidos e a vantagem do Arco Norte para atender à demanda europeia podem estender a fraqueza tarifária da Rumo, já observada no segundo trimestre, para os próximos trimestres.

O Citi avalia que um crescimento mais lento na safra de milho pode ser compensado pelo aumento do consumo interno a partir de 2026. Contudo, isso pode reduzir o potencial de exportação, caso a demanda externa continue a buscar volumes em outros locais.

Segundo o analista, a fraqueza na oferta e na demanda pode limitar ainda mais as oportunidades para a Rumo aumentar suas tarifas.

Projeções Financeiras

Para Nielsen, as melhorias na eficiência de custos podem atenuar o impacto nas margens. Entretanto, a geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) parece estar em um nível mais fraco, próximo do limite inferior da guidance da companhia para este ano.

Conforme as estimativas do Citi, a Rumo deverá apresentar um Ebitda ajustado de R$ 8,106 bilhões neste ano, uma redução em relação à projeção anterior de R$ 8,241 bilhões. Além disso, o banco ajustou a previsão de lucro líquido de R$ 1,920 bilhão para R$ 1,887 bilhão em 2025.

O Citi também aumentou o custo de capital próprio de 17,6% para 18,5%, levando em conta os maiores riscos agrícolas para a demanda de frete ferroviário e as taxas de juros de longo prazo mais altas.

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