Santander observa queda da inflação no Brasil, mas mantém a Selic inalterada até o final de 2025.

Santander observa queda da inflação no Brasil, mas mantém a Selic inalterada até o final de 2025.

by Ricardo Almeida
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Revisão das Projeções de Inflação pelo Santander

O Santander revisou suas projeções de inflação para a economia brasileira, considerando que o processo de queda nos preços no Brasil está se tornando mais consistente. Esta mudança é impulsionada por um câmbio mais valorizado, pelo recuo dos preços das commodities e pela melhoria na oferta de alimentos.

Projeções Atualizadas

A nova projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi reduzida de 4,9% para 4,7% para o ano de 2025. Para o ano de 2026, a previsão foi ajustada de 4,5% para 4,2%.

De acordo com Ana Paula Vescovi, diretora de macroeconomia do banco, a desinflação tem se mostrado mais qualitativa, com avanços além dos efeitos relacionados aos bens comercializáveis. Contudo, os serviços continuam sob pressão devido a um mercado de trabalho aquecido.

Política Monetária

Vescovi enfatizou que a política monetária continua disciplinada, mesmo face aos sinais de desaceleração na atividade econômica e ao progresso no processo de desinflação. “O Banco Central manteve a taxa Selic em 15,00% e reconheceu o progresso inicial rumo à desinflação, mas reafirmou sua política de comunicação contracionista por um período prolongado”, afirmou a diretora.

O banco prevê que os juros básicos se mantenham estáveis até o final de 2025, com cortes graduais apenas a partir do início de 2026.

Cenário Cambial

Em relação ao cenário cambial, a instituição destacou que a valorização do dólar no mercado global e um ambiente favorável para os países emergentes trouxeram um certo alívio. No entanto, o fluxo cambial negativo e as incertezas fiscais ainda limitam os ganhos do real. A projeção do Santander para o câmbio foi ajustada para R$ 5,60 ao final de 2025 e R$ 5,90 ao final de 2026.

Perspectivas Fiscais

Do ponto de vista fiscal, o Santander projeta um superávit primário de R$ 30 bilhões para o ano de 2025, equivalente a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, há uma previsão de déficit de 0,9% para o ano de 2026. Vescovi alertou que a dívida pública está em trajetória ascendente, devendo fechar próximo a 80% do PIB neste ano e aumentando para 99% até meados da década de 2030.

Projeção de Crescimento do PIB

O banco manteve sua projeção de crescimento do PIB em 2% para o ano de 2025 e 1,5% para o ano de 2026. Essa perspectiva é fundamentada na moderação do impulso fiscal, assim como em um menor espaço para a expansão do crédito e do emprego. Segundo Vescovi, a economia brasileira está se distanciando gradualmente de um viés contracionista, embora o quadro fiscal ainda seja apontado como o principal obstáculo para uma recuperação econômica mais sólida e para a continuidade do ciclo de cortes de juros.

Fonte: www.moneytimes.com.br

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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