Scania apoia a participação na transição energética

by Fernanda Lima
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Expansão da Scania no Brasil

O presidente e CEO global da Scania, Christian Levin, declarou a intenção da empresa de expandir suas operações no Brasil com foco em sustentabilidade, biocombustíveis e eletrificação. Em uma entrevista exclusiva ao Times Brasil, licenciado da CNBC, Levin enfatizou a relevância da COP30 e a defesa do livre comércio como componentes fundamentais da estratégia global da montadora.

Participação na COP30

Levin destacou que a participação da Scania na conferência da ONU, programada para novembro no Brasil, tem como objetivo envolver parceiros do setor em iniciativas de transição energética. O CEO disse: “Somos parte do problema do aquecimento global e precisamos fazer algo a respeito. Nós investimos muito em produtos, mas agora nós percebemos que isso não é suficiente. Nós não podemos fazer essa mudança sozinhos”.

Presença Histórica no Brasil

Durante a entrevista, o executivo mencionou que a Scania está presente no Brasil há quase 70 anos. Ele ressaltou que a operação brasileira é significativamente maior que a sueca, representando entre 60% e 70% do transporte de cargas realizado por caminhões no país. Desde os seus primeiros anos de operação, o Brasil se consolidou como uma base de exportação para outros mercados na América Latina, tornando a região estratégica para o grupo.

Investimentos e Novos Produtos

Em relação aos investimentos, a Scania planeja aumentar seus aportes em pesquisa e desenvolvimento no Brasil em colaboração com o grupo Traton, que inclui a Scania e a Volkswagen Caminhões e Ônibus. Durante a FENATRAN, a principal feira do setor, a empresa tem a intenção de apresentar novos produtos voltados para combustíveis alternativos e veículos elétricos, especialmente voltados para uso em ônibus urbanos.

Sustentabilidade e Lucratividade

Levin enfatizou que a sustentabilidade deve estar integrada ao modelo de negócios da empresa. “Não fazemos isso apenas pelo clima e pelo planeta, mas a sustentabilidade e a lucratividade precisam andar de mãos dadas, porque fazer o que é certo também precisa ser lucrativo”, afirmou. Essa abordagem sugere que a Scania não apenas busca cumprir obrigações ambientais, mas também acredita na viabilidade econômica dessas inovações.

Avanço Tecnológico e Profissão de Motorista

A Scania iniciou recentemente a entrega de seus primeiros caminhões totalmente autônomos. Apesar de reconhecer os avanços tecnológicos, Levin opinou que a profissão de motorista continuará necessária, embora em menor escala. Ele comentou sobre a escassez de motoristas de caminhão, destacando a importância desses profissionais: “Nós vemos os motoristas como heróis. Nós fazemos tudo o que podemos para tornar a vida deles mais fácil, mais confortável”.

Por outro lado, o CEO expressou uma visão complexa ao afirmar que, enquanto a empresa se esforça para atender às necessidades dos motoristas, também avança em tecnologias que poderão, a longo prazo, reduzir a necessidade desses profissionais. Levin enfatizou que o Brasil é um competidor importante em relação à Índia, que é amplamente considerada o principal produtor de biocombustíveis do mundo.

Defensoria do Livre Comércio

O executivo também abordou a questão do livre comércio, defendendo a aprovação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Ele argumentou que barreiras tarifárias prejudicam a competitividade da empresa, que depende fortemente das exportações. “Esperamos que o acordo seja ratificado. Isso permitirá enviar produtos de onde houver capacidade e atender melhor a demanda de cada mercado”, destacou.

Conclusão

Christian Levin traçou um panorama das intenções da Scania para o Brasil, ressaltando a importância da sustentabilidade e da inovação, enquanto busca fortalecer sua posição no mercado competitivo. A montadora se propõe a liderar a transição energética por meio de novos produtos e parcerias, evidenciando um compromisso tanto com o meio ambiente quanto com a lucratividade em suas operações.

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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