Na agenda econômica desta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, que é um país parceiro dos BRICs (grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Além disso, Lula anunciará uma linha de crédito voltada para a indústria 4.0.
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, irá fazer uma palestra em um evento que celebra o centenário do Banco do México, na Cidade do México.
Destaques da Semana no Brasil
No Brasil, um dos principais destaques da semana é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) referente ao mês de agosto, que será divulgado na terça-feira (26), juntamente com dados do setor externo do mês de julho. Na quarta-feira (27), será publicado o boletim de crédito do BC, e o Tesouro divulgará o relatório da dívida pública federal. Confira os outros eventos da semana.
Agenda Internacional
A agenda internacional traz a segunda leitura do PIB dos Estados Unidos para o segundo trimestre, que será disponibilizada na quinta-feira, e o Índice de Preços dos Gastos com Consumo (PCE) de julho na sexta-feira, considerado o principal indicador de inflação dos EUA para o Federal Reserve.
Nesta segunda-feira, estão previstos dados sobre o Índice de Atividade Nacional do Fed de Chicago e vendas de habitações novas referentes a julho, além de discursos dos dirigentes do Fed, Lorie Logan, de Dallas, e John Williams.
Ibovespa Hoje: Principais Assuntos
Bolsas Globais e Impactos nas Vendas
Após a euforia de sexta-feira (22), quando o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou a possibilidade de cortes nas taxas de juros, os futuros em Nova York apresentam quedas, apontando um possível dia de correção também nas bolsas europeias. A incerteza em torno das negociações por um cessar-fogo na Ucrânia também exerce influência negativa.
Investidores demonstram temor com a possibilidade de que o presidente dos EUA, Donald Trump, cumpra a ameaça de impor novas sanções à Rússia. Ele anunciou na sexta-feira que tarifas sobre móveis importados serão aplicadas, com alíquota a ser definida posteriormente.
O Senado do Texas aprovou um novo mapa de votação congressional, que beneficia o Partido Republicano.
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que o mercado de trabalho europeu se recuperou de forma “inesperadamente boa” após recentes choques. Na Alemanha, o índice de sentimento das empresas apresentou alta acima do esperado por analistas.
Commodities em Alta e ADRs
O petróleo exibe ganhos modestos, refletindo preocupações sobre eventos de oferta. Sem sinais de avanços nas negociações por um cessar-fogo na Ucrânia, os investidores continuam apreensivos. Nesta manhã, o barril do WTI para outubro apresentava alta de 0,80%, alcançando US$ 64,17, enquanto o Brent para novembro subia 0,64%, para US$ 67,65.
O minério de ferro registrou uma alta de 2,27%, cotado a 787 yuans (equivalente a US$ 109,82 por tonelada) no mercado futuro de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale (VALE3) avançavam 1,28% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,81%.
Expectativas para o Ibovespa
O Índice Bovespa pode seguir o desempenho negativo das bolsas internacionais, embora a alta das commodities possa atenuar a pressão externa. O EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, operava estável no pré-mercado.
Na última sexta-feira, o Ibovespa registrou a maior alta desde abril, com ganhos de bancos, Petrobras e Vale, em meio ao otimismo nos mercados sobre possíveis cortes de juros nos EUA.
Localmente, com a proximidade do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 2 de setembro, integrantes do governo Lula e do Supremo Tribunal Federal (STF) consideram real a possibilidade de novas sanções econômicas de Trump contra o Brasil, além de restrições a autoridades do país.
Esses e outros fatores estarão no radar dos investidores e poderão influenciar as negociações na Bolsa brasileira, impactando o Ibovespa hoje.