Imigração e Detenções em Projeto de Baterias nos EUA
Detainees embarcam em um ônibus durante uma operação de agentes federais na qual cerca de 300 sul-coreanos estavam entre as 475 pessoas detidas em um local relacionado a um projeto de US$ 4,3 bilhões, promovido pela Hyundai Motor e LG Energy Solution, para a construção de baterias para carros elétricos em Ellabell, Georgia, no dia 4 de setembro de 2025.
Voo de Retorno para a Coreia do Sul
Um avião que transportava centenas de trabalhadores detidos em uma operação de imigração nos Estados Unidos, realizada em uma fábrica da Hyundai e LG Energy Solution, de baterias em Georgia, deixou o espaço aéreo americano na quinta-feira, com destino à Coreia do Sul.
Mais de 300 sul-coreanos eram esperados a bordo do avião charter que partiu do Aeroporto Internacional Hartsfield–Jackson de Atlanta, conforme um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, traduzido pela NBC News.
Detenções e Resposta Diplomática
O voo também transportava 14 funcionários estrangeiros de empresas sul-coreanas que foram detidos. A decolagem na quinta-feira representa um novo desenvolvimento em uma importante crise diplomática, que tem atraído a atenção de empresas e políticos tanto nos Estados Unidos quanto na Coreia do Sul.
As autoridades dos EUA possuíam um mandado de busca ao entrar na planta em Ellabell, na última quinta-feira. Elas afirmaram que os trabalhadores detidos estavam vivendo ou trabalhando no país sem documentação legal.
Detalhes da Operação e Repercussões
Os sul-coreanos compuseram a maioria dos detidos no local, que abriga uma planta de baterias em construção pelas empresas sul-coreanas Hyundai e LG Energy Solution. Após a operação, Seul implementou uma "resposta de governo integral", em colaboração com as empresas afetadas, de acordo com o comunicado traduzido.
"O governo continuará a fazer todos os esforços necessários até que todos os cidadãos sul-coreanos retornem em segurança para casa", declarou o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul no comunicado.
Praticamente todos os nacionais sul-coreanos detidos pelos Estados Unidos na operação estão optando por deixar o país no voo.
Esforços Governamentais e Atrasos no Projeto
O ministério das Relações Exteriores informou que agora está trabalhando para garantir a cooperação entre os dois governos em questões relacionadas a vistos, no futuro. A planta de baterias que foi alvo da operação irá enfrentar um atraso de pelo menos dois a três meses, conforme comentários feitos pelo CEO da Hyundai, José Munoz, que foram relatados pela Reuters durante um evento em Detroit.
Munoz expressou surpresa ao saber que a ação imigratória ocorreu, dada a natureza típica do uso desse tipo de mão de obra em um projeto em fase inicial. "Na fase de construção das fábricas, é necessário trazer pessoas especializadas. Existem muitas habilidades e equipamentos que não podem ser encontrados nos Estados Unidos", afirmou Munoz.
Contribuições para a Reportagem
Esta matéria contou com a colaboração de Dennis Green e Laya Neelakandan, da CNBC.