Rendimento dos Trabalhadores Plataformizados em 2024
Os trabalhadores plataformizados apresentaram uma renda mensal superior à média dos demais ocupados no setor privado em todo o país. Contudo, essa maior remuneração foi acompanhada de jornadas de trabalho significativamente mais longas.
Remuneração por Hora Trabalhada
Esses profissionais, ao alcançarem uma renda mensal de R$ 2.996, obtiveram um rendimento 4,2% maior que os R$ 2.875 recebidos pelos trabalhadores que não utilizam plataformas digitais. No entanto, para chegar a essa quantia, os plataformizados enfrentavam uma carga semanal de 44,8 horas, em comparação às 39,3 horas trabalhadas pelos profissionais que não fazem uso das plataformas.
Como resultante, os trabalhadores que atuavam via aplicativos e plataformas efetivamente recebiam R$ 15,4 por hora trabalhada, um valor que se mostrava 8,3% inferior ao rendimento de R$ 16,8 por hora registrado pelos não plataformizados. Segundo o IBGE, "os trabalhadores plataformizados tinham, em média, uma jornada de trabalho habitual 5,5 horas mais extensa que a dos demais ocupados".

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Essa categoria também demonstrou um alto índice de informalidade e falta de proteção social. No que tange à previdência social, apenas 35,9% dos trabalhadores plataformizados faziam contribuições, percentagem que subia para 61,9% entre os não plataformizados. Além disso, no ano de 2024, 71,1% dos trabalhadores plataformizados atuavam na informalidade, percentual que decrescia para 43,8% entre os trabalhadores não plataformizados.
Desafios do Trabalho em Plataformas Digitais
As plataformas digitais desempenham o papel de intermediárias entre clientes e prestadores de serviços, sejam eles trabalhadores individuais ou empresas. O controle sobre a organização do trabalho, a alocação de tarefas e também a remuneração dos trabalhadores são frequentemente mantidos por essas plataformas. Conforme relatado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), embora as plataformas proporcionem oportunidades de geração de renda e a possibilidade de as empresas ampliarem seus mercados e reduzirem custos, elas também apresentam desafios significativos, particularmente em relação às condições de trabalho.
Dentre os desafios enfrentados por esses trabalhadores estão o acesso aos direitos trabalhistas e à seguridade social, a capacidade de garantir uma renda adequada e a extensão das jornadas de trabalho.
Perfil dos Trabalhadores Plataformizados
Os dados coletados sobre os ocupados plataformizados indicam uma predominância masculina, com 83,9% da força de trabalho composta por homens, enquanto as mulheres representavam apenas 16,1%. A distribuição educacional revela que 59,3% possuíam níveis intermediários de escolaridade, que variavam entre o ensino médio completo e o ensino superior incompleto.
Além disso, aproximadamente 86,1% dos ocupados plataformizados atuavam como trabalhadores por conta própria.
Situação dos Entregadores
Os dados referentes aos trabalhadores que exercem atividades por meio de aplicativos de entrega apontam para rendimentos médios inferiores em comparação a outros profissionais. Os entregadores apresentaram um rendimento médio de R$ 2.340 em 2024, o que equivale a praticamente metade dos R$ 4.615 obtidos por outros trabalhadores que também utilizavam aplicativos.
Quantidade de Trabalhadores Plataformizados
O IBGE informou que existiam 485 mil trabalhadores plataformizados usando aplicativos de entrega, dos quais 274 mil eram entregadores e 211 mil se dedicavam a outras funções. Essas funções adicionais incluíam o uso de plataformas digitais para atrair clientes e realizar vendas em seus próprios negócios de comércio e serviços de alimentação.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
