Negociações entre EUA e China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo (14) que as negociações do país com a China, que estão ocorrendo na Espanha, "estão indo bem". Ele também insinuou que um acordo foi alcançado para que o TikTok continue em funcionamento nos EUA.
Tarifas e Relações Comerciais
"A China está pagando muito em tarifas", afirmou Trump a repórteres no mesmo dia. A rede social chinesa, que tem até esta quarta-feira (17) como prazo para se desfazer de seus ativos nos Estados Unidos, foi um dos tópicos debatidos durante uma reunião em Madri entre o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. Além disso, os dois líderes trataram do impasse comercial entre Washington e Pequim.
O presidente também comentou sobre a relação comercial com a Europa, enfatizando que o continente ainda importa petróleo da Rússia, o que sugere que as sanções impostas a Moscou não são rigorosas o suficiente. "Estou disposto a implementar sanções, mas eles [Europa] terão que endurecer suas sanções de acordo com o que estou fazendo", disse Trump.
Reunião Comercial
“Foi uma grande Reunião Comercial na Europa entre os Estados Unidos da América e a China, e correu MUITO BEM! Ela terminará em breve”, indicou Trump na segunda-feira em uma publicação em sua plataforma Truth Social. Ele também afirmou que um acordo foi fechado sobre uma "certa" empresa, que os jovens dos EUA desejavam muito salvar, e que "eles ficarão muito felizes". O presidente mencionou que falaria com o presidente Xi na sexta-feira.
Diplomatas chineses e americanos se reuniram nesta semana em Madri para discutir comércio e outras questões. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, que lidera essa nova rodada de negociações comerciais com a China em nome dos Estados Unidos, confirmou que o TikTok seria um dos assuntos a serem abordados.
Situação do TikTok
Trump já havia estendido várias vezes o prazo autoimposto para formalizar um acordo com a China sobre a venda, ao menos parcial, dos negócios do TikTok nos EUA para um proprietário apoiado por investidores americanos. Um projeto de lei bipartidário, que foi aprovado pelo Congresso e assinado pelo ex-presidente Joe Biden, proíbe o TikTok nos Estados Unidos a menos que seu proprietário chinês deslinde sua participação nos ativos americanos da plataforma.
O TikTok se tornou temporariamente indisponível nos Estados Unidos em 18 de janeiro, um dia antes da Lei de Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros entrar em vigor. No entanto, em 19 de janeiro, um dia antes de Trump assumir seu segundo mandato, ele anunciou que assinaria uma ação executiva que garantiria que empresas americanas não seriam penalizadas por hospedar o TikTok em suas lojas de aplicativos ou servidores.
O decreto, assinado em 20 de janeiro, adiou a aplicação da lei por 75 dias. Trump voltou a prorrogar o prazo em junho. O limite mais recente havia sido extendido para 17 de setembro, e era amplamente esperado que Trump adiasse novamente o prazo caso um acordo não fosse alcançado a tempo.
Poder do Presidente
A lei confere ao presidente uma ampla liberdade para impor a proibição. No entanto, críticos afirmam que as prorrogações de Trump frustraram a intenção do Congresso. No final de seu primeiro mandato, Trump defendeu a proibição do TikTok, uma política que não foi implementada, mas que Biden acabou apoiando e sancionando. Contudo, a posição de Trump mudou quando ele passou a ver o aplicativo como um fator que poderia contribuir para sua vitória eleitoral em 2024.
Com informações da Agência Estado