Trump apoia Putin após reunião tensa com Zelenskyy

Trump apoia Putin após reunião tensa com Zelenskyy

by Patrícia Moreira
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Encontro entre os Presidentes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na Casa Branca em Washington, D.C., no dia 17 de outubro de 2025. Durante a reunião, Trump sinalizou uma mudança em seu apoio, inclinando-se mais em favor do presidente russo, Vladimir Putin, enquanto busca uma solução rápida para o conflito na Ucrânia, uma situação que pode gerar preocupações entre os oficiais ucranianos.

Tensão nas Negociações

O encontro entre Trump e Zelenskyy se tornou tenso, com a questão do fornecimento de mísseis de cruzeiro de longo alcance, conhecidos como Tomahawks, na pauta de discussões. Ao final da reunião, Zelenskyy deixou o local não apenas sem os mísseis, mas também aparentemente repreendido por Trump, que sugeriu que a Ucrânia aceitasse os termos da Rússia para a cessação das hostilidades, o que incluiria a entrega de todo o território oriental de Donbas, um dos focos mais intensos de combate no país.

Trump comentou com jornalistas, durante o fim de semana, que o território de Donbas "deve ser cortado como está". Ele declarou que, segundo suas informações, aproximadamente 78% da área já está sob controle russo. Ele enfatizou: "Eles devem parar agora nas linhas de batalha… Ir para casa, parar de matar pessoas e acabar com isso."

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Advertências ao Líder Ucraniano

Durante a reunião, Trump também alertou Zelenskyy de que Putin, em uma longa conversa telefônica na quinta-feira, havia afirmado que destruiria a Ucrânia caso o país não concordasse com as exigências feitas. O Financial Times relatou que a conversa entre Trump e Zelenskyy degenerou em um "bate-boca", com Trump proferindo palavrões durante a troca de palavras, segundo fontes não identificadas que estavam presentes.

Em uma publicação na plataforma Truth Social, Trump descreveu a reunião como "muito interessante e cordial", mas afirmou que "sugeri fortemente" a ambos os líderes que era o momento de encerrar a guerra. Ele finalizou seu post com uma frase que sugere um possível acordo: "Deixe ambos reivindicarem a vitória, que a história decida!"

Reação de Zelenskyy

Após o encontro, Zelenskyy tentou manter uma postura otimista, afirmando em uma entrevista ao programa "Meet the Press", da NBC News, que "não estamos perdendo esta guerra, e Putin não está vencendo". Ele ainda demonstrou esperança, apesar de sair da Casa Branca sem o desejado fornecimento dos mísseis Tomahawk.

O presidente ucraniano declarou: "É bom que o presidente Trump não tenha dito ‘não’, mas, por hoje, também não disse ‘sim’." Além disso, ele expressou interesse em participar da próxima cúpula entre Trump e Putin, que está prevista para ocorrer em Budapeste nas próximas semanas, embora sua participação ainda não esteja garantida.

A Questão dos Mísseis e Garantias de Segurança

Além de não fornecer os mísseis Tomahawk a serem usados na Ucrânia — uma possibilidade que Trump havia considerado anteriormente em uma tentativa de pressionar a Rússia para as negociações — o presidente dos EUA também cogitou a possibilidade de oferecer garantias de segurança tanto a Kyiv quanto a Moscou, segundo informações de fontes ligadas às conversas.

Pressão sobre Putin

Analistas e especialistas que acompanham as relações entre Trump, Putin e Zelenskyy estão preocupados com a possibilidade de que o presidente dos Estados Unidos seja facilmente influenciado pelas argumentações do experiente líder russo em relação à Ucrânia. Observadores afirmam que Trump não parece disposto a exercer uma pressão mais intensa sobre Putin, seja por meio de um aumento nas transferências de armamento para Kyiv, seja através de mais restrições econômicas contra a Rússia.

Nina Khrushcheva, professora de assuntos internacionais da New School, comentou a respeito da dinâmica entre os líderes, afirmando que Trump está sendo muito transacional em sua abordagem. Ela ressaltou que, embora diversas forças estejam tentando puxá-lo para um dos lados, seja o russo ou o ucraniano, Trump está se mantendo em uma posição de neutralidade, jogando ambas as cartas.

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Além disso, Khrushcheva notou que Trump quer ganhar a confiança de Putin, ao mesmo tempo em que o mantém sob controle, como demonstrado pela ameaça de fornecer mais armas à Ucrânia. A professora acredita que essa estratégia pode estar funcionando, já que Trump não está concedendo a nenhum dos lados exatamente o que deseja.

Alternativas para Aumentar a Pressão

Michael O’Hanlon, diretor de pesquisa em política externa no Brookings Institution, também falou sobre a situação, acreditando que Putin pode optar por esperar por Trump. Ele sugeriu que seria mais eficaz combinar a ameaça militar com uma maior pressão econômica, mas observou que pode ser algo que venha a ser considerado em um momento posterior.

O’Hanlon apontou que existem várias formas de aumentar a pressão sobre Moscou, incluindo a possibilidade de um novo pacote de ajuda dos Estados Unidos para a Ucrânia e uma repressão mais severa à frota de petroleiros que está facilitando as remessas de petróleo russo, o que poderia contornar os limites de preço impostos e as sanções.

Por fim, O’Hanlon enfatizou que, embora a relação pessoal de Trump com Putin seja relevante, sua atenção excessiva a apenas um aspecto do problema, como os mísseis Tomahawk, pode não ser suficiente para deter as ações da Rússia.

Fonte: www.cnbc.com

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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