Vendas no varejo do Brasil registram queda em julho pelo quarto mês consecutivo.

Vendas no varejo do Brasil registram queda em julho pelo quarto mês consecutivo.

by Fernanda Lima
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Vendas no Varejo Brasileiro em Queda

As vendas no varejo brasileiro registraram uma diminuição de 0,3% em julho de 2025, em comparação ao mês anterior de junho. Esse resultado está alinhado com as expectativas do mercado e representa a quarta queda consecutiva nesse indicador. A retração nas vendas foi principalmente influenciada por categorias como equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que apresentaram queda de 3,1%. Outros setores afetados incluem tecidos, vestuário e calçados, que tiveram uma redução de 2,9%, além de outros bens de uso pessoal e doméstico, que também caíram em 0,6%. O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou uma queda de 0,3%.

Setores com Crescimento

Apesar da queda geral, alguns setores conseguiram apresentar crescimento. Os destaques incluem móveis e eletrodomésticos, que avançaram 1,5%, seguidos por livros, jornais, revistas e papelaria, com um aumento de 1,0%. Combustíveis e lubrificantes também tiveram alta de 0,7%, assim como artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que cresceram 0,6%.

Desempenho Regional

Ao observar o desempenho regional das vendas no varejo, constatou-se que 16 dos 27 estados brasileiros enfrentaram retração. Os estados com maiores quedas foram Rondônia, com -2,2%, seguido por Minas Gerais (-1,1%) e Paraíba (-1,0%).

Comércio Varejista Ampliado

Por outro lado, o comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, peças e acessórios, além de materiais de construção, apresentou um avanço de 1,3% em julho. Esse resultado demonstra um desempenho mais positivo em comparação ao varejo restrito. No contexto anual, ao confrontar os dados de julho de 2025 com o mesmo mês do ano anterior, as vendas totais cresceram 1,0%, mantendo uma sequência de quatro meses de alta.

Cenário Econômico

A perda de ritmo no consumo no Brasil acontece em um cenário de atividade econômica mais fraca. De acordo com o último Boletim Focus, a expectativa de crescimento do PIB para o ano de 2025 está projetada em 2,16%, enquanto para 2026, a previsão é de 1,85%. Essas informações sugerem um clima de cautela, uma vez que os resultados do varejo são considerados um termômetro relevante da disposição das famílias para gastar.

Implicações no Mercado Financeiro

No ambiente financeiro, os dados divulgados sobre as vendas no varejo reforçam o cenário de ajustes nas expectativas relacionadas ao desempenho da economia brasileira. O desempenho negativo de julho pode impactar negativamente setores que estão diretamente ligados ao consumo doméstico nas bolsas de valores, como as varejistas que estão listadas no mercado BOV. Além disso, esses resultados também intensificam a percepção de um crescimento mais modesto no PIB, o que pode ter repercussões sobre os juros futuros e também sobre a paridade entre o Dólar Americano e o Real Brasileiro.

Fonte

As informações apresentadas têm como base os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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