Índice de Adequação dos Estoques
O Índice de Adequação dos Estoques (IE) da cidade de São Paulo voltou a crescer em agosto, registrando um avanço de 1,5% em comparação com julho, conforme dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Este é o quinto mês consecutivo de alta. Em relação ao mesmo período de 2023, o indicador apresentou um crescimento de 2,8%.
Na comparação entre julho e agosto, a proporção de empresários que classificam seus estoques como adequados aumentou de 56,8% para 57,6%, o maior nível desde outubro de 2024. Por outro lado, a porcentagem dos que consideram seus estoques acima do adequado diminuiu de 23,7% para 23,4%, o menor patamar desde julho de 2024. A fatia de empresários que se dizem abaixo do adequado recuou de 19,4% para 18,9%.
Desempenho por porte de empresa
Entre as grandes companhias, a proporção que avalia seus estoques como adequados caiu de 69,9% em julho para 67,5% em agosto. As empresas que se consideram acima do adequado apresentaram um leve aumento, passando de 15,1% para 15,6%. Em contrapartida, o grupo que afirma estar com estoques abaixo do ideal teve um avanço de 15,1% para 16,9%.
Nas pequenas empresas, o cenário foi mais positivo. A proporção que avalia seus estoques como adequados passou de 56,5% para 57,4%. As que afirmam estar acima do adequado diminuíram de 23,9% para 23,6%, enquanto aquelas que consideram seus estoques abaixo do ideal recuaram de 19,5% para 18,9%.
Impacto no mercado
O avanço do Índice de Adequação dos Estoques sinaliza uma melhoria na percepção de equilíbrio entre oferta e demanda no comércio paulista. Este cenário tende a influenciar positivamente o mercado de ações do setor de consumo na B3, além de refletir em expectativas mais estáveis para o câmbio e nos contratos futuros de juros, uma vez que o indicador pode reforçar a interpretação de uma recuperação gradual da atividade econômica.
Embora não esteja diretamente ligado a um ativo de negociação, o resultado do indicador é relevante neste momento em que investidores avaliam a consistência da retomada do consumo no Brasil. Para os observadores da bolsa de valores, esse dado se soma a outros indicadores da atividade, ajudando a projetar o comportamento de ações ligadas ao varejo e de contratos futuros sensíveis ao ritmo da economia.