Aprovação da Renovação da Concessão da Light pela Aneel
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira a recomendação para a renovação da concessão de distribuição de energia da Light (LIGT3). Este passo é considerado crucial para a melhoria dos negócios do grupo, que está se encaminhando para a saída de um processo de recuperação judicial.
Critérios de Aprovação
O órgão regulador analisou que a Light, responsável pela distribuição de energia elétrica em mais de 30 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo a região metropolitana, satisfaz os critérios exigidos para a extensão do contrato por mais 30 anos. Essa avaliação abrange aspectos como eficiência no fornecimento de energia, gestão econômico-financeira e regularidade fiscal, trabalhista e setorial.
A decisão final sobre a prorrogação contratual da Light cabe ao Ministério de Minas e Energia.
Contexto Financeiro e Recuperação Judicial
A aprovação para a renovação do contrato de distribuição de energia, que é o principal negócio do grupo Light, representa o fechamento de um período marcado por dificuldades significativas para a companhia. Em 2023, a Light enfrentou uma grave deterioração financeira que resultou em um pedido de recuperação judicial, uma situação rara no setor de distribuição de energia.
A distribuidora do estado do Rio de Janeiro relatou dívidas que alcançavam cifras bilionárias, enquanto lidava com diversas complexidades operacionais em sua área de concessão. Esses desafios incluíam perdas de receita significativas devido ao alto número de furtos de energia em regiões afetadas pela violência urbana.
Medidas e Análise da Aneel
De acordo com a análise da Aneel, a Light, que teve seu plano de recuperação judicial aprovado em 2024, implementou diversas medidas para equilibrar sua dívida. A empresa também conseguiu atrair aportes de capital suficientes para assegurar que a distribuidora atenda aos níveis regulatórios em gestão econômico-financeira.
A recomendação para a renovação contratual foi aprovada por unanimidade pelos diretores da Aneel. Entretanto, um dos diretores, Fernando Mosna, apresentou um voto com uma fundamentação divergente. Sua análise abordou de forma mais abrangente o desempenho da concessionária nos últimos anos, considerando indicadores como o tempo médio de atendimento em casos de emergência (TMAE) e o grau de satisfação dos consumidores.
Fonte: www.moneytimes.com.br
