Após ataques cibernéticos de grande escala, instituições financeiras buscam restringir os caminhos para o dinheiro desviado.

Após ataques cibernéticos de grande escala, instituições financeiras buscam restringir os caminhos para o dinheiro desviado.

by Ricardo Almeida
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Alerta no Sistema Financeiro Brasileiro

O sistema financeiro brasileiro entra em alerta novamente diante de uma onda de ataques hackers direcionados a empresas de tecnologia que oferecem serviços a bancos e fintechs. Recentemente, a Diletta, uma prestadora de infraestrutura digital, sofreu uma invasão que resultou em transações irregulares utilizando o sistema de pagamentos Pix.

Segundo as estimativas de mercado divulgadas em reportagens especializadas, o total desviado por meio dessa ação pode chegar a até R$ 40 milhões.

O Mesmo Padrão, Novas Vítimas

O ataque à Diletta segue um padrão identificado em episódios anteriores: os criminosos têm focado suas ações em empresas que operam nos bastidores do sistema financeiro, essenciais para conectar instituições financeiras e instituições de pagamento ao ecossistema do Pix.

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Essas empresas desempenham um papel fundamental como intermediárias em operações financeiras, mas muitas vezes não possuem o mesmo nível de segurança das grandes instituições financeiras.

Em junho, a C&M Software foi alvo de um ataque que resultou em um desvio estimado em mais de R$ 1 bilhão. Em agosto, a Sinqia, que também fornece soluções para o setor bancário, sofreu um golpe com prejuízo calculado em cerca de R$ 420 milhões.

Esses ataques levantaram um alerta significativo: os criminosos migraram de alvo, passando do setor bancário para as estruturas invisíveis do sistema financeiro, explorando vulnerabilidades em empresas que, de forma indireta, sustentam o fluxo de pagamentos.

Reação do Banco Central e da Febraban

A crescente incidência de ataques levou o Banco Central (BC) a intensificar suas regulamentações sobre o setor financeiro. Em setembro, a entidade anunciou novas normativas de segurança para fintechs e instituições de pagamento associadas ao sistema financeiro.

Entre as novas medidas, foi estabelecido um limite de R$ 15 mil para transferências via Pix e TED realizadas por empresas intermediárias de tecnologia. Além disso, o Banco Central determinou que todas as fintechs deverão obter autorização formal para operar até maio de 2026.

Simultaneamente, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou, em 27 de outubro, um novo conjunto de normas de autorregulação com o objetivo de endurecer o combate às contas-laranja e contas frias — aquelas abertas fraudulentamente ou utilizadas por terceiros para movimentar recursos oriundos de atividades ilegais.

“Estamos criando um marco no processo de depuração de relacionamentos tóxicos com clientes que alugam ou vendem suas contas”, declarou Isaac Sidney, presidente da Febraban. “Os bancos não podem permitir a permanência de contas-laranja, contas frias e de bets ilegais.”

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Implicações Práticas das Novas Regras

Com as rédeas mais apertadas, bancos e instituições financeiras ligadas à Febraban — que incluem Bradesco, Itaú, Santander, Caixa, Banco do Brasil, BTG Pactual, Safra, Original, Pan, BMG e Sicredi — passam a ter a obrigação de:

  • Implementar políticas internas específicas para identificar movimentações suspeitas;
  • Encerrar imediatamente contas consideradas ilícitas e comunicar os titulares sobre tal decisão;
  • Reportar incidentes ao Banco Central;
  • Elaborar declarações de conformidade que sejam assinadas por áreas independentes de auditoria e compliance;
  • Fechar contas de apostas não autorizadas, sem a licença da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda.

A Diretoria de Autorregulação da Febraban realizará o monitoramento desse processo e poderá exigir evidências a qualquer momento. O não cumprimento das normas poderá resultar em advertências, a necessidade de ajustes de conduta ou até mesmo a exclusão do sistema.

“O aumento alarmante das fraudes e golpes no sistema financeiro exige ações efetivas. As chamadas ‘contas de passagem’ possibilitam a prática de atividades criminosas e precisam ser eliminadas”, declarou Amaury Oliva, diretor de autorregulação da entidade.

Fonte: www.moneytimes.com.br

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

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